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21/Nov/2022

Preços do trigo estão firmes com colheita em curso

O mercado de trigo tem registrado movimentação de maior volume no Rio Grande do Sul, onde avança a colheita de uma safra com volume e qualidade satisfatórios. No Paraná, há poucas ofertas de trigo de qualidade superior em virtude da queda da qualidade por excesso de chuvas, e compradores se mantinham retraídos. No Porto de Rio Grande (RS), são reportados negócios por R$ 106 a R$ 107 por saca de 60 Kg para entrega em dezembro e pagamento em janeiro, enquanto na região de Passo Fundo saem acordos por R$ 90 a R$ 93 por saca de 60 Kg, posto moinho com entrega imediata e pagamento de 30 a 45 dias. A movimentação maior recentemente tem sido para exportação. Apesar da volatilidade do mercado, os produtores têm mostrado otimismo com o volume e qualidade da safra e preços atrativos. A colheita de trigo no Rio Grande do Sul atinge 52% da área de 1.458.026 hectares, segundo a Emater-RS. A produtividade estimada é de 3.210 quilos por hectare. Houve grande atividade e concentração de máquinas e equipamentos nas lavouras para a rápida retirada dos grãos maduros, antes que sofram eventuais danos por ocorrência de chuvas, diminuindo a qualidade.

A colheita só não avançou mais em função de o cereal ainda estar em fase de finalização da maturação, mas as plantas apresentam ótima qualidade e sanidade e completam o ciclo dentro de parâmetros normais. No Paraná, na região dos Campos Gerais, os vendedores ofertam trigo tipo 1 por R$ 1.800 por tonelada para entrega imediata e pagamento no fim de dezembro. As pedidas de venda estão em R$ 1.850 por tonelada. Segundo o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do Paraná, a colheita no Estado atingiu 72% da área. A proporção de lavouras em condições boas subiu para 64% (63% na semana anterior). O porcentual em situação média aumentou de 29% para 31% e ruim caiu de 8% para 5%. A maioria das lavouras está em maturação (69%). Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros de trigo fecharam em baixa na sexta-feira (18/11), pela terceira sessão consecutiva. Os contratos foram pressionados, em mais um pregão, pela decisão da Rússia de renovar o acordo para exportação de grãos no Mar Negro.

A Ucrânia novamente tentará produzir o máximo possível de milho/trigo/óleo de girassol nos próximos 120 dias. O país precisa da moeda forte e os agricultores precisam antecipar a colheita de novas safras antes do inverno. O acordo de grãos Rússia-Ucrânia colocou um limite nos preços do trigo e esperam que esses índices continuem caindo no fim de 2022 e no primeiro trimestre de 2023. A perspectiva de oferta robusta para o cereal na temporada tende a ser contida pelo cenário da Argentina. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires manteve sua estimativa para a safra 2022/2023 em 12,4 milhões de toneladas. O volume é 10 milhões de toneladas menor que o registrado na temporada 2021/2022. No país, 56% da safra está em condição regular ou ruim, 8% em situação boa ou excelente e 36% em condição normal. Em 2021/2022, a Argentina registrava em igual período 60% da safra em condição boa ou excelente. O vencimento dezembro do trigo na CBOT caiu 3,50 cents (0,43%), para US$ 8,0325 por bushel. Em Kansas City, igual vencimento do trigo duro vermelho de inverno recuou 3,75 cents (0,40%) e terminou em US$ 9,34 por bushel. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.