14/Nov/2022
Segundo a StoneX, o Brasil deve colher 10,6 milhões de toneladas de trigo na safra atual. A maior parte da produção, 5,4 milhões de toneladas, deve vir do Rio Grande do Sul, principal Estado produtor da cultura. O Rio Grande do Sul ainda não tem problemas de produtividade na safra, mas está com a colheita atrasada. O Estado colheu cerca de 30% da área semeada, enquanto deveria estar em mais da metade da área colhida como foi nas temporadas anteriores. No Paraná, a situação é inversa, já que metade das lavouras de trigo do Estado apresenta problemas de qualidade por excesso de chuva e impacto em produtividade.
Um ponto de atenção do Paraná ainda é a região dos Campos Gerais, que já colheu 80% da safra, mas está com regime de chuvas frequente o que pode comprometer as lavouras. Talvez neste ciclo o Rio Grande do Sul não consiga exportar mais de 3 milhões de toneladas, como foi na temporada passada. Na safra passada, houve quebra de soja, o que permitiu os portos estarem mais livres. Neste ano, talvez não haja essa janela. É preciso exportar bastante volume em novembro para não haver problemas mais adiante. No momento, o trigo do Rio Grande do Sul está até US$ 10,00 por tonelada mais caro que os cereais do Báltico e da França.
No Paraná e em São Paulo, a situação é diferente, concentrando importação de trigo, especialmente de cereal da Argentina. Quanto aos preços domésticos do cereal, há dois cenários distintos. O primeiro é altista para os Estados que necessitam importar cereal e buscar outras origens de trigo, em virtude da quebra na safra argentina. A outra conjuntura ocorre no Rio Grande do Sul, que tende a ter quantidade expressiva de cereal, e pode observar um viés baixista de preços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.