14/Nov/2022

Os preços do trigo vêm sendo pressionados nos últimos dias e atingiram mínima de US$ 8,00 por bushel no dia 10 de novembro, enquanto na Euronext as cotações do cereal caíram para um mínimo de sete semanas, de menos de 330 euros por tonelada. No entanto, as notícias recentes não oferecem justificativas suficientes para tamanha queda. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não trouxe mudanças significativas em seu relatório de oferta e demanda mensal, divulgado no dia 9 de novembro.

A previsão para a Rússia permaneceu inalterada em 91 milhões de toneladas, o que a deixa bem abaixo do volume previsto pelos institutos russos de previsão. Para a Argentina, o ajuste foi de 2 milhões de toneladas a menos, para 15,5 milhões de toneladas, aquém das expectativas. Em sua última avaliação, a Bolsa de Grãos de Rosario agora prevê um número de apenas 11,8 milhões de toneladas de trigo para 2022/2023, o que significa que a previsão do USDA parece muito alta, portanto, são prováveis novas revisões para baixo.

Ainda há incerteza sobre a renovação do acordo de exportação de grãos do Mar Negro entre Rússia e Ucrânia. A Ucrânia exige que o acordo cubra mais portos e mercadorias, enquanto a Rússia insiste que deve poder exportar grãos e fertilizantes sem obstáculos. Embora estes últimos não estejam sujeitos a sanções diretas, a Rússia está, no entanto, reclamando das restrições em termos de cobertura de seguro, acesso a portos e outros aspectos logísticos.

Dentro desse contexto, as exportações de trigo da Rússia têm feito um progresso lento. Em outras palavras, a previsão do USDA de 42 milhões de toneladas para as exportações russas de trigo no atual ano-safra é provavelmente muito otimista. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) tem uma previsão de apenas 36,6 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.