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29/Set/2022

Rússia: exportação e produção recordes este ano

A Sodrugestvo Brasil estima, com base em dados de agências locais, que a Rússia está colhendo uma safra de 97 milhões de toneladas, acima do previsto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 91 milhões de toneladas. Este número pode até ser revisado para cima mediante novas estimativas. É uma safra recorde que, por consequência, leva a exportações recordes. A Rússia está na reta final da colheita da safra 2022/2023, com cerca de 85% da área colhida. A janela de exportação da Rússia na temporada 2022/2023, que começou em julho, apresentou números abaixo do reportado do que o ciclo anterior em julho e agosto, mas mostrou recuperação em setembro para números considerados normais, acima de 4 milhões de toneladas.

A tendência é que a partir de outubro permaneçam números bastante elevados de exportação, que tendem a atingir 5 milhões de toneladas por mês para que se cumpra a exportação de 42 milhões de toneladas estimadas para o ano-safra. A Rússia tem encontrado compradores para seu trigo, embora talvez em menor número que no ciclo anterior. O país já tem mercado cativo no norte da África, no Oriente Médio e clientes no Sudeste Asiático. É um volume muito grande para ser exportado, de 42 milhões de toneladas. A Rússia nunca exportou um volume tão grande em sua história. Alguma dificuldade logística deve ocorrer, mas olhando os números é factível alcançar de 40 milhões a 42 milhões de toneladas exportadas. Para atingir o volume estimado, a Rússia deve recorrer à comercialização, inclusive, no segundo trimestre de 2023, período que não é usual de vendas do trigo russo. Quanto aos preços, as cotações do trigo da Rússia seguem o mercado internacional, este, por sua vez, pressionado pela robusta colheita russa.

A Rússia já está pressionando para baixo os preços no momento pela colheita recorde e busca de compradores. Se continuará exercendo pressão ainda é cedo para afirmar, mas neste momento influencia, de certa forma, os preços a se acomodarem em patamar em média de US$ 300,50 por tonelada. A volatilidade dos futuros internacionais do trigo, assim como demais commodities agrícolas, tendem a continuar influenciados por fatores macroeconômicos, como o comportamento do corredor de exportações da Ucrânia, o aumento global de juros e o receio de recessão global. Além disso, o balanço global de oferta e demanda de trigo continua apertado, com o consumo crescendo e a oferta não acompanhando o mesmo ritmo de avanço. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.