28/Set/2022

Segundo a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), o Rio Grande do Sul deve colher a maior safra de trigo de sua história, um volume de 4,5 milhões a 4,8 milhões de toneladas. A estimativa considera área plantada de 1,450 milhão de hectares e rendimento de 3.500 quilos por hectare. O produtor realmente investiu na expansão da safra e a produtividade pode surpreender, porque o potencial está muito bom. Se não houver nenhuma intempérie, será possível alcançar de 4,5 milhões a 4,8 milhões de toneladas. A colheita no Rio Grande do Sul deve começar na próxima semana. A geada registrada no fim da última semana não deve ter afetado significativamente o potencial produtivo do Estado. O fenômeno climático não se concentrou na região produtiva.

Ocorreram geadas pontuais nos Campos de Cima da Serra, na região de Vacaria, onde se planta mais tarde, portanto não há registro de impactos. Embora o cenário climático esteja no radar do mercado daqui para frente, podendo interferir na produção estadual, não há previsão de nenhum evento preocupante. A maior preocupação na colheita é com a persistência da chuva que pode afetar qualidade e peso dos grãos colhidos, o que não vem ocorrendo por enquanto, diferentemente do Paraná. Trata-se de uma das safras de trigo mais caras da história do Estado. A grande maioria dos produtores comprou insumos logo que iniciou a guerra entre Rússia e Ucrânia a custos muito elevados. A rentabilidade, contudo, tende ainda a ser positiva, apesar de menor que a da temporada passada.

Se colher nesse volume com tamanha produtividade a R$ 98,00 por saca de 60 Kg, valor praticado no interior do Estado, o trigo terá boa rentabilidade, o que vai permitir ao produtor recuperar parte das perdas da safra de verão. Se a produção for confirmada, o Rio Grande do Sul pode exportar novamente volume em torno de 2,5 milhões a 3 milhões de toneladas como foi no ciclo passado. A oportunidade de exportação de trigo tipo pão é decorrente da guerra entre Rússia e Ucrânia e a comercialização externa deve se firmar como uma frente de consumo do cereal. No Brasil, a produção neste ano deve alcançar 10,5 milhões de toneladas. No cálculo, está sendo considerada a safra do Rio Grande do Sul de 4,5 milhões de toneladas, 3,8 milhões de toneladas do Paraná, 350 mil toneladas cada de Goiás e São Paulo e outros Estados com produção menor. Será a maior safra do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.