28/Set/2022

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados, a indústria brasileira de pães, massas e biscoitos deve encerrar este ano com aumento de 3% em volume de vendas domésticas. As vendas no primeiro semestre ficaram praticamente estáveis na comparação anual, mas o segundo semestre costuma ser melhor com consumidores com maior poder aquisitivo com 13º salário.

Em 2021, o mercado de industrializados de trigo faturou R$ 50,4 bilhões, com 4,8 milhões de toneladas comercializadas. O setor consome um terço da produção doméstica de farinha. Para as exportações de industrializados derivados de trigo, a previsão é de crescimento em volume de vendas de 5% a 10%. Isso vai depender das vendas para Venezuela, um dos principais destinos. A expectativa é de que haja um acréscimo nas exportações neste segundo semestre.

No ano passado, as exportações do setor somaram US$ 245,5 milhões de faturamento e 201 mil toneladas comercializadas. Os custos de produção continuam pressionando o desempenho da indústria. Os principais motivos são o cenário internacional do trigo (matéria-prima base da indústria) e o câmbio. No último trimestre deste ano, entretanto, o cenário pode ser um pouco mais favorável à indústria com a entrada da safra nacional de trigo e possível arrefecimento dos preços.

A pressão de custos no momento é muito grande, mas existe uma tendência de queda nos preços do cereal com safra estimada em 10 milhões de toneladas, o que será bom para aliviar a pressão e interromper as reposições nos derivados. A queda, contudo, pode não ser percebida imediatamente no preço final dos produtos já que a indústria represou parte dos aumentos recentes da matéria-prima e não repassou o incremento na íntegra aos consumidores. Se a queda persistir por alguns meses, com certeza, os preços finais dos produtos baixarão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.