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30/Ago/2022

Mercado é pontual com desacordo sobre os preços

A negociação de trigo avança pontualmente, mas a maioria dos moinhos está de olho na perspectiva de uma safra volumosa em 2022, que deve chegar ao mercado nos próximos meses. Os vendedores buscam valores mais altos do que os indicados no mercado, porque quase não há trigo nos estoques. No Rio Grande do Sul, os vendedores indicam R$ 1.840,00 por tonelada FOB no interior do Estado, mas os moinhos indicam R$ 1.900,00 por tonelada CIF, para entrega imediata e pagamento em até 30 dias nas regiões do Planalto e Missões. Há registro de negócios pontuais a R$ 1.900,00 por tonelada. Os moinhos reduziram a moagem para poder encostar na safra nova. Se trata de uma transição entre uma safra curta do ano passado e a safra deste ano, que deve ser volumosa.

No Paraná, os vendedores indicam entre R$ 2.000,00 e R$ 2.100,00 por tonelada, para retirada imediata e pagamento em até 30 dias, mas os moinhos não aceitam desembolsar esses valores, pois não conseguem repassar para a farinha. A indicação de compra está em torno de R$ 1.900,00 por tonelada posto moinho dos Campos Gerais, norte ou sudoeste do Paraná. Para entrega a partir de setembro, os vendedores indicam R$ 1.900,00 por tonelada, mas, com perspectiva de queda com uma safra boa, os moinhos não aceitam comprar nada. O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, revisou para cima a área prevista para o plantio de trigo no Estado, de 1,17 milhão para 1,18 milhão de hectares na safra 2021/2022. O potencial de produção, entretanto, segue o mesmo, ou 3,9 milhões de toneladas. Essa produção ainda pode ser atingida, mas há dois fatores climáticos a interferir: a seca e as geadas.

Em relação à seca, mesmo com maior incidência de chuva em agosto, a deficiência hídrica nos plantios em meses anteriores resultou em produtividade em torno de 2.600 a 2.700 quilos por hectare nas primeiras lavouras colhidas no Estado, rendimento 10% menor em relação ao esperado. As próximas áreas a serem colhidas devem manter essa produtividade mais baixa, pois havia aproximadamente 6% das lavouras em maturação antes do retorno das chuvas (em agosto). As geadas que ocorreram no dia 20 de agosto podem ter afetado lavouras mais suscetíveis nas regiões de Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul, como havia sido previsto, em função das temperaturas negativas. Apesar de não haver ainda tempo hábil para mensurar a intensidade dos danos pelo frio na produção, a abrangência do fenômeno foi refletida no relatório das condições das lavouras. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.