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23/Ago/2022

Preços não atraem vendedor e mercado é pontual

As negociações de trigo ocorrem de forma pontual no disponível, com moinhos de olho na safra 2022, enquanto muitos vendedores buscam valores mais altos para desovar estoques. As geadas previstas têm variado na Região Sul conforme o estágio de desenvolvimento das lavouras. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, os produtores indicam entre R$ 1.900,00 e R$ 1.950,00 por saca de 60 Kg para fechar negócios no disponível. Alguns produtores, inclusive, indicam valores mais altos, entre R$ 2.000,00 e R$ 2.200,00 por tonelada. Os compradores esperam pela safra nova, apesar de este ser um período de maior consumo de farinha no Rio Grande do Sul por causa do frio. Seria um momento aquecido para compra, mas está ocorrendo o inverso. Os compradores estão utilizando os grãos em estoque.

A referência de compra nominal é de R$ 102,00 por saca de 60 Kg, para entrega imediata em Passo Fundo e pagamento em 30 dias. Na região de Passo Fundo, há preocupação com geadas no mês de outubro. A colheita deve ocorrer a partir de novembro. No Rio Grande do Sul, segundo a Emater-RS, a estimativa de cultivo de trigo para a safra 2022 é de 1.413.763 hectares, com produtividade estimada é de 2.822 quilos por hectare. De modo geral, os cultivos apresentam um desenvolvimento satisfatório, com uniformidade no crescimento e com adequado potencial produtivo. as maiores dificuldades foram nas regiões mais ao sul do Estado, onde o excesso de chuvas durante o inverno impediu o encerramento da semeadura e pode ter atrapalhado o estabelecimento das lavouras, além de afetar negativamente o potencial produtivo.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, os moinhos indicam entre R$ 1.800,00 e R$ 1.900,00 por tonelada, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Os vendedores, entretanto, indicam R$ 2.000,00 por tonelada FOB. Resta pouco trigo por negociar, e os vendedores estão aguardando para ver se os moinhos mostram maior necessidade de abastecimento. Para a safra 2022, os compradores indicam entre R$ 1.800,00 e R$ 1.900,00 por tonelada posto em armazéns dos Campos Gerais, para entrega em outubro e novembro e pagamento no começo de dezembro. Os vendedores indicam R$ 2.000,00 por tonelada. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), as geadas previstas para o Estado seriam na metade sul. Caso a expectativa se confirme, ao menos um terço da área de trigo em campo atualmente não deve ter registros do fenômeno, poupando a região onde se encontram mais lavouras suscetíveis, o norte do Estado.

Nas regiões onde as temperaturas negativas serão registradas, o fenômeno deve causar níveis diferentes de problemas conforme sua intensidade e a fase do trigo. Para as lavouras que não chegaram nos períodos mais críticos, não haverá perdas de produtividade. Na região oeste, a princípio, as geadas deverão ser mais fracas, restringindo o potencial de dano. Por outro lado, há uma preocupação com a região sudoeste do Paraná, onde aproximadamente metade das lavouras estão espigando ou enchendo grãos, e devem ocorrer geadas moderadas e fortes. A colheita chegou a 1% da área do Estado na semana passada e ocorreu justamente nas regiões onde o intervalo sem precipitações chegou a 50 dias. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.