22/Ago/2022

Segundo o Itaú BBA, a entrada da safra de trigo no Paraná nas próximas semanas deve exercer pressão sobre as cotações do grão no Estado, embora momentâneas porque os preços mais baixos e uma eventual volatilidade cambial poderão colocar o cereal no radar de compradores internacionais, fazendo com que os preços encontrem um piso. O Itaú BBA chama a atenção também para geadas em agosto, que ainda podem acontecer, como as do ano passado, que afetaram as lavouras da Região Sul do País.

Há risco, no caso de geadas, principalmente para as lavouras do Rio Grande do Sul, que estão em estágio crítico de florescimento, com potenciais perdas relevantes de produtividade. Para a indústria, o pagamento do auxílio governamental à população pode garantir um consumo aquecido de produtos feitos a partir do trigo e manter os atuais níveis de preço do produto. Com as cotações da matéria-prima perdendo força, uma janela para melhores margens e formação de estoques parece se abrir para o setor.

No campo internacional, as cotações do grão devem seguir voláteis, em função das incertezas quanto à oferta global. A percepção da disponibilidade do produto é avaliada a partir da consolidação dos números da colheita de trigo de primavera, bem como da expectativa de plantio do cereal de inverno para o ano que vem. Além disso, os desdobramentos do fluxo logístico no Mar Negro e a sustentação do acordo de escoamento do cereal ucraniano também adicionarão previsibilidade ao balanço global da commodity. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.