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18/Jul/2022

Preços do trigo recuam com a forte queda externa

A negociação de trigo segue lenta nas principais praças e os preços cederam, pressionados tanto pela queda dos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT) quanto pela perspectiva de uma boa produção em 2022 e pela retração do consumo interno. No Paraná, na região de Ponta Grossa, os compradores oferecem R$ 2.100 por tonelada para entrega imediata e pagamento contra a entrega ou até o fim do mês e R$ 2.200 por tonelada para entrega imediata e pagamento em 30 dias, queda de R$ 200 por tonelada ante a semana anterior. Os moinhos se retraíram, atentos aos recuos da CBOT, à área plantada maior na região e às boas condições da safra, com chuvas recentes e previsão de novas precipitações nesta semana. Os vendedores não indicam por quanto voltariam a negociar.

No Rio Grande do Sul, os preços cederam para R$ 2.150 por tonelada pelo trigo pão, contra R$ 2.250 por tonelada na semana anterior. O trigo branqueador, mais difícil de encontrar, está cotado a R$ 2.350 por tonelada. A retração dos consumidores brasileiros contribui para pressionar as cotações. Massas de melhor qualidade estão sendo pouco demandadas, com a maior procura por instantâneos. Isso indica redução da capacidade de compra do consumidor. O efeito de queda no consumo está sendo sentido no restante da cadeia. De modo geral, o nível de moagem dos moinhos do Brasil caiu para 70%. Na Bolsa de Chicago, os futuros de trigo fecharam em baixa pela 5ª sessão consecutiva. O mercado continuou pressionado pelo avanço da colheita de trigo de inverno e pela boa condição das lavouras de primavera nos Estados Unidos.

Além disso, choveu nas áreas de primavera dos EUA recentemente e a condição da safra nas Pradarias Canadenses se estabilizou. Na Argentina, no entanto, a qualidade da safra está piorando. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires relata que a parcela da safra de trigo em condição boa ou excelente passou de 21% para 18% na semana. 59% da safra tem condição normal, ante 60% na semana anterior. Outros 23% apresentavam condição regular/ruim, ante 19% na semana anterior. A possibilidade de um acordo para a criação de um corredor de exportação de grãos no Mar Negro também pesou sobre os contratos. O vencimento setembro do trigo na CBOT recuou 18,25 cents (2,3%), para US$ 7,76 por bushel. Na semana, acumulou perda de 13%. Em Kansas City, igual vencimento do trigo duro vermelho de inverno perdeu 11,25 cents (1,3%) e terminou em US$ 8,37 por bushel. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.