22/Jun/2022

Relatórios relacionados ao ritmo de cultivo de trigo na França, divulgados pelo Ministério da Agricultura do país, sugerem que é improvável que a onda de calor dos últimos dias tenha causado danos significativos às plantações e não há previsão de nenhum declínio dramático nos rendimentos. As preocupações com o abastecimento de trigo, que ainda predominavam até alguns dias atrás, parecem estar se dissipando.

Anteriormente, havia o receio de que o clima quente pudesse prejudicar as lavouras de trigo que ainda não estavam totalmente maduras na França, o que restringiria a oferta global já apertada pelas interrupções no fornecimento de grãos com a guerra entre Rússia e Ucrânia. O calor não parece ter sido um problema e o início da safra de trigo nos Estados Unidos também está gerando pressão adicional sobre os preços do cereal. Menos atenção está sendo dada, pelo menos temporariamente, à interrupção nas exportações de trigo da Ucrânia. A guerra e o efeito do conflito no comércio global de cereais ainda não dão sinais de solução.

De acordo com o Ministério da Agricultura da Ucrânia, as exportações de grãos nos primeiros 20 dias de junho caíram 55,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Das 777 mil toneladas exportadas, 698 mil toneladas foram de milho e 63 mil toneladas de trigo. Antes da guerra, a Ucrânia exportava até 6 milhões de toneladas de grãos por mês. Como resultado, o país ainda conserva estoques consideráveis da safra do ano passado e, para poder armazenar a safra de 2022, cuja colheita está prestes a começar, deve receber instalações de armazenamento temporário do exterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.