26/Mai/2022

O Santander avalia que o restante deste ano será desafiador para a M. Dias Branco, líder nacional em alimentos e bebidas, principalmente porque os custos da companhia com aquisição de matérias-primas continuam subindo desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Também deve continuar havendo interrupções na produção de trigo nos Estados Unidos e na Índia, preços elevados do óleo de palma e do açúcar e a recente desvalorização do Real. A companhia continua buscando eficiência e aumento dos preços de seus produtos. Os ajustes de preço podem compensar parcialmente o aumento dos custos, mas os concorrentes podem ter que fazer ajustes mais altos.

O potencial para expansão de margem em 2022 permanece limitado. No primeiro trimestre deste ano, a fabricante apresentou resultados mais fracos do que o esperado. Os resultados fracos foram impulsionados por custos mais altos (trigo em Real aumentou 28% na comparação anual, óleo de palma 29% e açúcar +38%), parcialmente compensados por reajustes graduais de preços. Os aumentos de preços no 1º trimestre de 2022 não afetaram os volumes, pois os concorrentes buscaram aumentos de preços ainda mais acentuados.

A M. Dias Branco apresentou lucro líquido de R$ 37,8 milhões no primeiro trimestre deste ano (alta de 152% na comparação anual), Ebitda de R$ 88,9 milhões (avanço de 87,6%) e receita líquida de R$ 1,890 bilhão (aumento anual de 26,8%). O banco classificou o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de R$ 88,9 milhões, da companhia como "fraco", já que ficou 42% abaixo da estimativa da instituição financeira e 34% abaixo do consenso do mercado, impulsionado pela contínua pressão de custos. Embora a M. Dias tenha ajustado gradualmente os preços ao longo do primeiro trimestre de 2022, as margens só melhoraram em março, e podem permanecer pressionadas no segundo trimestre de 2022 devido ao aumento dos custos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.