24/Mai/2022

Os preços do trigo registram altas expressivas nas principais regiões produtoras. O aumento, em média de R$ 200,00 por tonelada, é impulsionado pela maior paridade de importação do cereal, acompanhando a valorização do trigo argentino e dos futuros internacionais da commodity, em meio às incertezas quanto às exportações da Índia, Rússia e Ucrânia. Esses valores elevados, contudo, retraem a oferta de produtores, que aguardam preços ainda mais altos. Dessa forma, a movimentação continua escassa. No Paraná, na região dos Campos Gerais, ocorrem apenas negócios pontuais.

Os moinhos indicam R$ 2.200,00 por tonelada FOB Ponta Grossa, para retirada imediata, R$ 200 por tonelada acima do valor pago na semana anterior. O preço interno está acompanhando o importado e deve seguir na paridade de importação até a entrada da safra em meados de setembro. O interesse dos moinhos por novas cargas no spot é limitado, já que estão abastecidos e a capacidade de repasse do custo do cereal para o preço da farinha é apertada.

Por outro lado, os produtores estão elevando as indicações para o cereal, em média de R$ 500,00 por tonelada, para R$ 2.500,00 por tonelada FOB, para retirada imediata. Os produtores não precisam de renda agora. Então, estão segurando o trigo e aumentando a pedida. Além disso, não é possível embarcar trigo agora por causa das vendas de soja e milho. Para a safra nova, há registro de negócios a R$ 2.000,00 por tonelada, para entrega em setembro no interior de São Paulo, e a R$ 2.200,00 por tonelada FOB na região de Ponta Grossa, para retirada em outubro e novembro. As lavouras estão em bom desenvolvimento, favorecidas pelo clima frio.

No Rio Grande do Sul, há registro de negócios a R$ 2.200,00 por tonelada no FOB, para retirada imediata. Os valores pagos pelo cereal, assim como no Paraná, registram alta de R$ 200,00 por tonelada nos últimos sete dias. Os vendedores estão restringindo a oferta. Em relação à safra nova, exportadores indicam R$ 2.100,00 por tonelada CIF Porto de Rio Grande, para entrega em dezembro, mas sem relatos de novos negócios. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.