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16/Mai/2022

Argentina libera a comercialização de transgênico

O Ministério da Agricultura da Argentina, em publicação no Diário Oficial, autorizou a comercialização da semente e dos subprodutos de trigo transgênico da variedade argentina HB4, desenvolvida pela Bioceres, no país. O cultivo, que já era liberado desde outubro de 2020, agora poderá ser realizado em escala comercial. Segundo a decisão, as variedades de trigo poderão ser comercializadas após o registro no Instituto Nacional de Sementes (Inase). A comercialização do trigo transgênico no país estava condicionada à aprovação da venda e importação do produto ao Brasil, que é o maior importador do cereal argentino.

Em novembro de 2021, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) já havia aprovado a comercialização da farinha argentina proveniente de cereal geneticamente modificado da variedade HB4 para consumo humano e animal, no Brasil. Além do Brasil, a resolução do Ministério da Agricultura da Argentina destaca que Colômbia, Austrália e Nova Zelândia já haviam aprovado a compra e a utilização de alimentos derivados da tecnologia e que a China e outros países asiáticos avançam na aprovação de protocolos relacionados ao cereal geneticamente modificado. A liberação da comercialização do produto na Argentina ocorre após a avaliação de que os riscos "ao agroecossistema" da liberação de cultivo do trigo geneticamente modificado em larga escala não diferem significativamente daqueles inerentes ao cultivo de trigo não geneticamente modificado. A Bioceres afirmou que, por enquanto, não deve comercializar as sementes.

A liberação da venda do trigo transgênico na Argentina enfrenta a resistência da indústria moageira local e dos exportadores de cereais. A Câmara da Indústria Oleaginosa da República Argentina e do Centro de Exportadores de Cereais (Ciara-CEC) rejeitou a decisão do governo, alegando que é uma inovação não aceita pelo mercado. Esta decisão causa um grande risco comercial, pois todos os países que compram os produtos argentinos não aceitam HB4. As consequências econômicas de eventuais perdas de mercado recairão sobre o ministério e a empresa desenvolvedora, afirmou a entidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.