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14/Abr/2022

Setor moageiro prevê elevar faturamento em 2022

A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) prevê crescimento médio de 5% a 6% em faturamento e de 2% a 3% em volume de vendas no mercado nacional neste ano. No ano passado, o setor faturou R$ 50,44 bilhões, alta de 13% ante 2020. O volume comercializado ficou 1,4% abaixo no comparativo anual, em 4,84 milhões de toneladas. Neste ano, é possível perceber sinais de reaquecimento da economia proporcionado pela vacinação, porém o brasileiro ainda enfrenta os impactos econômicos trazidos pela pandemia. Os segmentos de biscoitos, massas e pães são os principais consumidores do trigo nacional, perfazendo um terço do consumo nacional de farinha de trigo.

No balanço anual do setor, por um lado houve a contribuição positiva para o consumo do avanço da vacinação, enquanto, por outro lado, o encerramento do auxílio emergencial afetou a renda da população. O ano de 2021 foi de constante aumento do dólar e instabilidade política, que resultou em um cenário de alta na inflação e crise econômica. Esses fatores influenciaram diretamente no consumo dos brasileiros. A queda anual no volume de vendas pode ser atribuída ao auxílio emergencial adotado ao longo de 2020 e ao consumo atípico de alimentos no lar em consequência da pandemia de Covid-19. Na comparação com o período pré-pandemia, ano de 2019, as vendas do setor avançaram 24% em faturamento e 3,5% em volume. O setor já esperava uma queda em volume em 2021, pelo ano anterior fora da curva. A indústria de biscoitos atingiu R$ 22,62 bilhões em receita e 1,52 milhão de toneladas de produtos vendidos, aumento de 12% e retração de 1%, respectivamente.

O movimento de estocagem de alimentos, compras em maior volume com pacotes 'tamanho família' de biscoitos observado no início da pandemia em 2020 deu lugar a embalagens menores em 2021 por conta de preço unitário mais barato. O setor de massas alimentícias registrou aumento de 11,5% em faturamento e recuo de 1,7% em volume de vendas, quando comparados com 2020, atingindo R$ 12,63 bilhões e 1,35 milhão de toneladas, respectivamente. Apesar do menor volume vendido, as massas estão se apresentando como opção com bom custo-benefício aos consumidores em meio à alta do preço das demais commodities. Entre os tipos, com o preço unitário mais baixo, as instantâneas se destacaram com um aumento de 2,9% em volume frente a 2020 por oferecer ao consumidor uma opção de refeição mais barata.

A indústria de pães movimentou R$ 9,59 bilhões no ano passado, alta de 18,4% ante o ano anterior, e comercializou 648 mil toneladas, avanço de 5,9% na mesma base comparativa. O mercado de bolos industrializados atingiu R$ 1,37 bilhão em receita e volume de vendas de 45 mil toneladas, aumento de 19,6% e 7%, respectivamente. O café da manhã se consolidou como hábito e impulsionou o crescimento do setor de pães. Os bolos industrializados se destacaram pela praticidade e prazo de validade dos produtos, o que acabou se tornando fator determinante. A Abimapi também levantou dados, pela primeira vez, sobre o mercado de farinha de trigo. Segundo a pesquisa, as vendas do produto no mercado interno geraram R$ 4,23 bilhões com 1,29 milhão de toneladas comercializadas, 9,6% mais em receita e 5% menos em volume que no ano anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.