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15/Mar/2022

Produtos industrializados terão reajuste de preços

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), a disparada de preços do trigo no mercado internacional, que está sendo impulsionada pela guerra na Ucrânia, já começa a ser percebida pelos fabricantes brasileiros. Haverá reajustes de preços nas próximas semanas, mas com o horizonte indefinido. O consumidor brasileiro deve começar a sentir os efeitos em breve, quando as indústrias comprarão as novas safras. As indústrias têm estoques relativamente baixos, pois estão no início da entressafra de trigo.

A entidade destaca que o produto acabado também não tem estoques e que varia muito de empresa para empresa. De todo modo, este repasse tende a ser gradual, pois não há espaço para elevar os preços de uma só vez para o consumidor final. A Rússia é o maior exportador de trigo do mundo e tem sido afetado economicamente pelo conflito com a Ucrânia. Juntos, os dois países contribuem, em média, com 30% das exportações mundiais de trigo. Além da queda na oferta do cereal, fator da alta dos preços, o desabastecimento tem a ver com dificuldades logísticas.

A guerra fechou portos, interrompeu o transporte, além da queda da produção ucraniana da commodity. Outro fator que a entidade destaca é que o Brasil produz menos da metade do trigo consumido e precisa importar grandes quantidades do grão de países do Mercosul, sobretudo da Argentina, do Canadá e dos Estados Unidos. A elevação do preço do grão afeta diretamente os valores de produção para os fabricantes da categoria. Nas massas, em média, 70% do custo é de farinha. Nos biscoitos, o peso é de 30%, e nos pães e bolos industrializados, de 60%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.