15/Mar/2022

Ainda não é possível saber até que ponto a oferta global de trigo será prejudicada pela guerra entre Ucrânia e Rússia. O que resta da safra do ano passado foi mantido fora do mercado devido ao fechamento de portos ucranianos e à hesitação dos embarcadores em entrar em uma zona de guerra para buscar trigo russo. Os portos russos estão operando normalmente, mas ninguém está disposto a pagar custos de seguro extremamente altos para reservar cargas de lá.

Enquanto isso, não está claro se os produtores da região poderão colher trigo de inverno, que foi plantado no outono, ou plantar safras de primavera nas próximas semanas. A incerteza inspirou um frenesi de especulação que aumentou as oscilações de preços. Investidores destinaram tanto dinheiro ao Teucrium Wheat Fund, que detém futuros da commodity, que ele ficou sem ações para vender no dia 7 de março. Os reguladores financeiros dos Estados Unidos concederam permissão ao fundo no dia 9 de março para criar e vender ações adicionais. Os agricultores russos e ucranianos devem iniciar o plantio do grão em seis semanas. Se o plantio for interrompido, isso significará uma redução futura nos suprimentos com os quais o mundo está contando.

Embora os consumidores norte-americanos possam esperar sentir alguns choques em supermercados, a perda das exportações do Mar Negro deve prejudicar principalmente os países que dependem de importações, como Egito, Turquia e Tanzânia, e são incapazes de atender às suas necessidades de grãos. Os países mais pobres do mundo vão sofrer com esta guerra. É um crime contra a humanidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.