11/Mar/2022

Segundo o banco alemão Commerzbank, a partir do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado no dia 9 de março, as menores exportações de trigo pela Ucrânia e pela Rússia dificilmente serão compensadas por outros países. Segundo os dados, Austrália e Índia serão exceções exportando 2 milhões e 1,5 milhão de toneladas a mais de trigo, respectivamente, do que o órgão havia previsto anteriormente. De toda forma, já havia indicação de desaceleração da demanda em virtude da alta de preços do grão.

Contrariando as expectativas para o cenário da guerra, o USDA elevou sua previsão para os estoques globais de trigo no fim da safra 2021/2022 para 281,5 milhões de toneladas. Embora os estoques do cereal fiquem mais robustos na Ucrânia e na Rússia, dois grandes produtores da commodity que interromperam exportações após o fechamento de terminais no Mar Negro, esperava-se que os estoques fossem reduzidos em outros países exportadores, mas eles devem se manter praticamente inalterados.

Conforme o USDA, os estoques ucranianos foram definidos em 5 milhões de toneladas (anteriormente eram 2 milhões de toneladas) e as exportações devem ser 4 milhões de toneladas menores, 20 milhões de toneladas no total. As exportações russas devem reduzir 3 milhões, para 32 milhões de toneladas, e os estoques finais do país podem aumentar 2,5 milhões, para 13,1 milhões de toneladas. Os estoques de trigo nos Estados Unidos foram até revisados para cima, de 17,63 milhões de toneladas para 17,77 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.