07/Mar/2022

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), o Brasil não vai ter problemas de abastecimento de trigo no curto prazo. A Argentina já sinalizou ter cereal suficiente para atender as necessidades brasileiras. Além disso, o volume vindo da Rússia é muito pequeno e não há registro de compras do trigo da Ucrânia. Os preços do cereal no mercado global e no mercado interno, por sua vez, não apresentam o mesmo cenário positivo.

Um fator que pode aliviar um pouco esse aumento, mas longe de ser significativo, é a queda no valor do dólar em relação ao Real nos últimos dias, o que pode compensar, de certa forma, os aumentos recentes na Bolsa de Chicago. A tendência é que o nível de preços fique elevado nos próximos quatro ou cinco meses, com previsão de estabilizar ou começar a cair a partir do mês de julho/agosto, com a entrada da safra do Hemisfério Norte. Outra questão que pode influenciar nos preços do trigo é a incerteza em relação aos fertilizantes, pois a Rússia é um dos maiores produtores do mundo e fornecedor desse produto para o País.

Também há a influência dos fundos de investimento, que aumentaram suas posições nas commodities, ampliando a volatilidade dos preços. O Brasil depende do cereal de países exportadores e, por isso, segue muito vulnerável. Segundo a entidade, 60% da demanda interna de trigo é atendida por importação e, desse total, 85% é originário de um único país, a Argentina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.