20/Jan/2022
A importação brasileira de trigo deve crescer na safra 2021/2022 em relação à anterior, mesmo com uma produção nacional recorde de 7,7 milhões de toneladas. As importações ganharam força nos últimos meses do ano passado. Não se espera recuo das importações, mesmo com uma safra grande, porque muitas vezes a indústria importa trigo de melhor qualidade para panificação. Em 2021, o Brasil importou 6,225 milhões de toneladas, alta anual de 1%.
Apesar de volumosa, as chuvas afetaram qualidade do trigo da última safra com ocorrência de fungos e micotoxina acima do aceitável. Por isso, o Brasil deve importar maior volume no ciclo 2021/2022. Outro fator que pode estimular aumento das importações é o crescimento das exportações nesta safra, o que tende a se refletir em menor disponibilidade doméstica do cereal. O dólar forte ante o Real continua incentivando as exportações, tanto de cereal de boa qualidade quanto de qualidade inferior. Em relação aos preços, a perspectiva é de que as cotações internas se mantenham fortalecidas.
A sustentação deve vir do dólar forte ante o Real, paridade de importação elevada, aumento das exportações e cenário mundial de balanço apertado entre oferta e demanda. Os preços domésticos continuam firmes, com tendência de alta desde setembro do ano passado, mesmo com a safra recorde. Para a safra nova, 2022/2023, as perspectivas são positivas com estes preços atrativos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.