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13/Dez/2021

Preços do trigo firmes com comercialização lenta

A comercialização de trigo no mercado interno perde força à medida que se aproximam as festas natalinas, período em que praticamente todas as indústrias moageiras param para manutenção. No Paraná, na região dos Campos Gerais, há registro de negócios pontuais no spot a R$ 1.650,00 por tonelada FOB, para retirada até o fim de dezembro e pagamento em janeiro. Sem demanda significativa, os preços do cereal se estabilizam. Há mais ou menos dez dias, o produtor chegou a vender trigo para cooperativas a R$ 1.700,00 por tonelada FOB. Em relação à qualidade do trigo do Paraná, não há padrão na safra colhida este ano. Tem cereal qualidade variada. Os compradores evitam o trigo “ruim”, sem padrão. Quanto ao trigo de 2022, ainda a ser semeado, o mercado observa como vai se comportar a safra no exterior, caso da Argentina, para começar a sinalizar preços.

No Rio Grande do Sul, a indicação é de R$ 1.750,00 por tonelada CIF região de Canoas. Há poucos vendedores no mercado, por isso as indicações de alguns moinhos, por volta de R$ 1.570,00 por tonelada não encontram contrapartida. A Emater-RS considera "tecnicamente encerrada" a colheita de trigo no Rio Grande do Sul. O balanço da safra é positivo no Estado, diante da boa produtividade, da qualidade do produto e da boa remuneração. Na região de Santa Maria, o rendimento médio chegou a 3 mil quilos por hectare. Nas regiões de Soledade e Pelotas, a produtividade média alcançou 3,2 mil quilos por hectare na primeira e variou entre 2,4 mil e 3 mil quilos por hectare na segunda. Em algumas localidades o rendimento chegou até a 4,3 mil quilos por hectare.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimaram a safra brasileira de trigo 2021 em 7,8 milhões de toneladas, volume recorde. Na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires elevou sua estimativa para a produção de trigo em 2021/2022, de 20,3 milhões de toneladas para 21 milhões de toneladas. Caso a previsão se confirme, a produção deverá superar em 2 milhões de toneladas o recorde anterior, registrado em 2018/2019. O ajuste se deve a rendimentos acima do esperado no centro e no sul da área agrícola. O rendimento médio nacional nas áreas já colhidas está em 2.950 quilos por hectare, ante 2.750 quilos por hectare na semana anterior. A colheita estava 53,4% concluída, avanço de 8,5% na semana. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.