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23/Nov/2021

Tendência de preços firmes mesmo com a colheita

As cotações do trigo seguem firmes no Brasil, mesmo com a colheita de uma possível safra recorde praticamente finalizada. O suporte vem especialmente do dólar valorizado e da paridade de importação. No mercado externo, a menor oferta global e a maior demanda elevam os valores. Nos últimos sete dias, os preços no mercado de balcão (preço pago ao produtor) registram baixa de 0,17% no Rio Grande do Sul e ligeiro 0,09% no Paraná. Em Santa Catarina, há avanço de 0,32%. No mercado de lotes (negociações entre empresas), as cotações registram alta de 0,82% no Paraná e 0,65% em Santa Catarina. Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, os preços acumulam leves baixas, de 0,52% e 0,32%, respectivamente. Nos Estados Unidos, o contrato Dezembro/2021 do Soft Red Winter da Bolsa de Chicago apresenta alta de 0,7% nos últimos sete dias, a US$ 8,23 por bushel (US$ 302,40 por tonelada). Na Bolsa de Kansas, o mesmo vencimento do trigo Hard Winter apresenta avanço de 0,2%, a US$ 8,34 por bushel (US$ 306,72 por tonelada).

Segundo o Ministério da Agroindústria da Argentina, as cotações FOB no Porto de Buenos Aires registram queda de 1% nos últimos sete dias, a US$ 312,00 por tonelada. No Rio Grande do Sul, a Emater-RS sinalizou que, até o dia 18 de novembro, diante do clima favorável, a colheita havia alcançado 85% da área, avanço semanal de 15%, mas abaixo dos 97% registrados no mesmo período de 2020. No Paraná, informações do Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) indicam que, até o dia 16 de novembro, as atividades de campo estavam quase finalizadas no Estado, com 97% da área colhida. Em relação ao cereal ainda em campo, 85% estavam em boas condições, e 15%, em médias. No Estado, a qualidade do trigo foi prejudicada sobretudo por chuvas no período de colheita. Em Santa Catarina, dados da Epagri/Cepa para a safra 2021/2022 foram novamente revisados, com contínua elevação da área destinada ao cereal no Estado, agora estimada para ficar 77% maior que a da temporada anterior.

Assim, a produção teve leve reajuste positivo frente ao relatório de outubro, indo para 348,679 mil toneladas, mais que o dobro (102%) da safra 2020/2021. A colheita no estado havia alcançado 28,5% da área até o final de outubro. O Departamento de Agricultura Estados Unidos (USDA) indicou que a semeadura do trigo de inverno no país havia atingido 94% da área até o dia 14 de novembro, apenas 2% abaixo do observado no mesmo período da temporada anterior e igual à média dos últimos cinco anos. Do total, 81% já emergiram, sendo que 46% estão em condições boas/excelentes, 34%, em regulares, e 20%, ruins/muito ruins. Na Argentina, segundo informações da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, até 17 de novembro, a colheita de trigo havia alcançado 17,6% da área, avanço de 5,9%. A projeção de produção segue em 19,8 milhões de toneladas.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até a segunda semana de novembro, as importações de trigo tiveram média diária de 24,96 mil toneladas, contra 15,44 mil toneladas no mesmo mês de 2020, elevação de 61,6%. Os preços de importação registram média de US$ 282,10 por tonelada FOB origem, 25,2% acima dos verificados no mesmo período de 2020 (US$ 225,40 por tonelada). De acordo com o USDA, até o dia 11 de novembro, as exportações norte-americanas de trigo (safra 2021/2022) somavam 10,3 milhões de toneladas, volume 14,3% inferior ao escoado no mesmo período do ano passado. Na semana do dia 11 de novembro, especificamente, foram exportadas 388,74 mil toneladas, quantidade maior que a da semana anterior (251,45 mil toneladas) e 16,4% acima da registrada em período equivalente de 2020 (de 333,91 mil toneladas). Os principais destinos do cereal dos Estados Unidos foram Nigéria (130,46 mil toneladas), Etiópia (61,84 mil toneladas) e Guatemala (39,76 mil toneladas). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.