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16/Nov/2021

CTNBio: aprovação apenas da farinha transgênica

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) afirmou que a liberação comercial de farinha de trigo transgênico no Brasil não se aplica à comercialização ou ao cultivo do cereal geneticamente modificado. Esse trigo será produzido exclusivamente na Argentina e trazido para o Brasil exclusivamente na forma de farinha. Essa planta contém fator de transcrição que confere tolerância à seca, originalmente presente em girassol. Na quinta-feira (11/11), o colegiado da CTNBio aprovou, por unanimidade, a comercialização no Brasil da farinha de trigo da variedade HB4 (geneticamente modificada) produzida na Argentina. A comissão concluiu, após um longo processo de avaliação, que o trigo geneticamente modificado é similar, do ponto de vista da segurança alimentar, ao cereal convencional.

Foi detalhado que não há maior alergenicidade ao consumo humano no cereal transgênico que no convencional. Uma série de informações solicitadas trouxeram à CTNBio a certeza de que esse trigo ora autorizado para importação e uso da farinha no País tem as mesmas características que o trigo convencional. A avaliação é de que ele é tão seguro quanto o convencional. Foi encerrado um processo longo e trabalhoso, mas aprovado de forma unânime, ou seja, todos concordam com avaliação dos quatro pareceristas de segurança alimentar. Ainda de acordo com a CTNBio, na prática, a única diferença entre o cereal transgênico e o convencional é que o transgênico tem maior tolerância à seca e maior produtividade em estresse hídrico.

Um ano após a solicitação, a empresa requerente alterou o pedido de comercialização do cereal no País para apenas comercialização da farinha proveniente de trigo geneticamente modificado. O pedido para importação e comercialização de trigo transgênico no País foi protocolado pela brasileira Tropical Melhoramento Genética (TMG) junto à CTNBio em processo em 28 de março de 2019. A TMG representa a argentina de biotecnologia Bioceres, detentora do cultivar neste processo. A variedade do cereal geneticamente modificado HB4 foi aprovada para cultivo na Argentina em outubro do ano passado. A indústria brasileira de trigo e derivados do cereal é contrária à aprovação e estuda mecanismos para recorrer da decisão da CTNBio. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.