04/Nov/2021

De acordo com o banco alemão Commerzbank, a alta dos preços do trigo chegou ao fim, pelo menos por enquanto, após atingir o seu maior nível em nove anos (US$ 8,00 por bushel) na sessão do dia 2 de novembro. Na União Europeia, o preço do cereal fechou abaixo de 290,00 euros por tonelada na última sessão, depois de ter registrado uma alta recorde de 297,00 euros por tonelada. A Arábia Saudita confirmou a compra de 1,268 milhão de toneladas de trigo, o que é significativamente mais do que os participantes do mercado haviam previsto. O aumento dos preços dos fertilizantes, as condições climáticas desfavoráveis na Rússia e a deterioração das safras de trigo de inverno nos Estados Unidos também deram impulso aos preços.

Em alguns estados norte-americanos, a proporção de lavouras avaliadas como boas ou excelentes está bem abaixo da média de cinco anos. Porém, isso não se aplica ao Kansas, importante estado produtor. Por lá, a avaliação da safra é 14% acima da média de cinco anos. Por outro lado, sabe-se, por experiência anterior, que nenhuma conclusão confiável pode ser tirada neste estágio inicial do crescimento da safra sobre os rendimentos finais. De acordo com a Reuters, os rendimentos nos cinco anos com avaliações de safra igualmente ruins nesta época do ano acabaram sendo 2% a 4% abaixo da tendência de longo prazo.

Os anos com os rendimentos mais baixos, nomeadamente 2014 e 2015, tinham mostrado classificações de safra boas no outono anterior, mas a seca extrema na primavera fez com que os rendimentos caíssem. Muito dependerá, portanto, de como as safras se saem durante o inverno e como será a próxima primavera. A queda de preços vista desde o dia 2 de novembro provavelmente não será nada mais do que uma pausa. A não ser que não haja sinais de que a demanda esteja sendo desacelerada pelo nível elevado de preços, por isso a expectativa é de que novas altas estão para acontecer. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.