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25/Out/2021

Comercialização de trigo é limitada pela qualidade

A comercialização de trigo no mercado interno avança pouco. Do lado da oferta, há baixa disponibilidade de cereal com qualidade superior, o tipo pão. Isso porque o cereal disponível no Paraná tem menos qualidade devido ao clima desfavorável. A colheita ainda está incipiente no Rio Grande do Sul. Do lado da demanda, os moinhos do Paraná estão recebendo contratos firmados antecipadamente e indústrias do Rio Grande do Sul estão preocupadas com o cumprimento dos contratos futuros e com a qualidade do cereal. Os preços continuam firmes, puxados também pela valorização do dólar ante o Real, que melhora a paridade do cereal importado ante o nacional.

No Paraná, os produtores buscam negociar os cereais mais fracos, aqueles que foram afetados pelas chuvas, de R$ 1.400,00 a R$ 1.450,00 por tonelada FOB, para retirada imediata. O produtor está segurando o trigo de melhor qualidade em virtude do câmbio, que sinaliza para a valorização do importado e, consequentemente, gera expectativa de melhora de preço no mercado interno. Para lotes envolvendo cereal de melhor qualidade (pão tipo 1), os produtores indicam pelo menos R$ 1.580,00 por tonelada FOB. Há pouquíssima disponibilidade de cereal de melhor qualidade.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, rodam apenas volumes pontuais. Lotes da nova safra são negociados a R$ 1.500,00 por tonelada colocada em moinho, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. A comercialização está praticamente parada. O ritmo lento dos negócios deve-se à lenta retirada do cereal das lavouras e à retração dos produtores, que estão receosos com possíveis perdas em quantidade e qualidade. As plantações do Estado foram afetadas por chuvas prolongadas e intensas, acompanhadas de ventos e granizos, com registros de danos e acamamentos em algumas regiões. Segundo a Emater-RS, a colheita atingiu 9% da área plantada com trigo no Estado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.