ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

15/Out/2021

Argentina: abastecimento do Brasil está garantido

No evento "Webinar Safra Internacional 21/22" promovido pela Associação Brasileira Indústria Trigo (Abitrigo) nesta quinta-feira (14/10), a Câmara da Indústria Oleaginosa da República Argentina e do Centro de Exportadores de Cereais (Ciara-CEC), a Argentina terá capacidade plena de cumprir o plano de exportações de trigo à indústria moageira brasileira. Se a safra de 19,2 milhões de toneladas em 2021/2022 se confirmar, a Argentina deve exportar volume superior ou próximo ao vendido na temporada anterior, de 10,8 milhões de toneladas. A colheita dos 6,6 milhões de hectares plantados deve se iniciar nos próximos meses. O Brasil representou 46% das exportações argentinas de trigo na temporada 2020/2021, que será encerrada em novembro.

No ciclo, também houve crescimento expressivo das vendas argentinas para a Indonésia. O Brasil segue sendo a prioridade dos exportadores argentinos de trigo e será possível manter o abastecimento necessário em quantidade e qualidade na safra 2021/2022. Sobre o cultivo e a comercialização de trigo transgênico na Argentina, o plantio da variedade HB4 foi permitido em outubro do ano passado pelo país. Foram regulamentados aspectos relacionados à produção do cereal, sendo a sua comercialização ainda ilegal. A entidade tem pedido ao Ministério da Agricultura da Argentina mecanismos de controle de produção do trigo geneticamente modificado.

A pasta está elaborando a regulamentação de mecanismos de fiscalização e controle do cereal para não haver contaminação com o não geneticamente modificado e deve publicar as resoluções em breve. Dar garantias ao Brasil sobre trigo transgênico é prioridade da indústria de trigo argentina. O país quer seguir sendo parceiro estratégico do Brasil no abastecimento de trigo. A indústria moageira brasileira importa metade do volume consumido internamente, entre 5 milhões e 7 milhões de toneladas por ano. Deste montante, 85% vêm da Argentina. A indústria de trigo e de derivados do cereal do Brasil é contrária à comercialização de trigo geneticamente modificado no País e cogita não importar o cereal argentino desta variedade. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.