ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

04/Out/2021

Discussão sobre trigo transgênico será retomada

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) voltará a discutir a liberação comercial de trigo transgênico no Brasil para consumo humano e animal. O assunto está na pauta da sua 245ª reunião ordinária do colegiado, que será realizada na próxima quinta-feira (07/10). A expectativa é de que a Comissão dê seu veredicto final sobre o assunto no próximo encontro do colegiado. No início de setembro, o presidente da entidade disse que a empresa responsável pelo pedido enviou as respostas solicitadas e os relatores estavam trabalhando no parecer para ser apresentado em outubro. Em 10 de junho, a Comissão solicitou informações adicionais ao requerente, a empresa de sementes Tropical Melhoramento & Genética (TMG), para prosseguir com as análises sobre eventual liberação.

A comissão não detalha quais informações e dados foram solicitados à empresa. O processo confidencial que tramita na CTNBio avalia a permissão da comercialização do trigo geneticamente modificado para aumento de produtividade em situações e ambientes de baixa disponibilidade hídrica e resistente ao herbicida glufosinato, para uso exclusivo em alimentos, rações ou produtos derivados ou processados. O pedido para importação e comercialização de trigo transgênico no País foi protocolado pela TMG junto à CTNBio em processo em 28 de março de 2019. A TMG representa a argentina de biotecnologia Bioceres, detentora do cultivar, neste processo por meio de parceria, já que a empresa passou a atuar este ano no País. Ao longo da última semana, circularam rumores no mercado de que o pedido havia sido retirado pelas empresas.

Mas, as companhias afirmaram que o processo caminha normalmente na CTNBio. A variedade do cereal geneticamente modificado avaliada pela comissão é a HB4, aprovada para cultivo na Argentina em outubro do ano passado, país de onde os moinhos brasileiros adquirem cerca de 85% do cereal que importam. A indústria nacional moageira e a de derivados de trigo são contrárias à comercialização e importação da farinha e do cereal transgênico no País. A CTNBio, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é o órgão responsável no governo federal por questões relacionadas à biossegurança de organismos geneticamente modificados. A possível aprovação do trigo transgênico não é bem recebida pela indústria de derivados de trigo.

Tanto a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), que representa a indústria moageira, quanto a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abipjá) se manifestaram contrárias ao uso do trigo geneticamente modificado e da farinha dele proveniente, e afirmam que não apoiam a comercialização do cereal transgênico no País. Os representantes destas associações afirmaram que a indústria não vai adquirir cereal geneticamente modificado (OGM) da Argentina, caso a comercialização no País seja liberada pela CTNBio. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.