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28/Set/2021

Indústrias rejeitam a compra de trigo transgênico

Contrárias à liberação comercial e à importação de trigo transgênico no Brasil, a indústria moageira, a de panificação e a de derivados avaliam não importar cereal geneticamente modificado (OGM) ou farinha dele proveniente da Argentina, mesmo se ele for aprovado no Brasil. A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) informou que os moinhos associados decidiram que não comprarão trigo transgênico da Argentina, se importação for liberada. Muitos moinhos podem parar de comprar o cereal da Argentina. A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) destacou que a questão rejeitada não é a origem do cereal transgênico, e sim a transgenia.

O setor não quer comprar trigo transgênico, seja da Argentina, seja de qualquer outro país. O cereal argentino é muito bem-vindo, com qualidade e preço, mas não há interesse da indústria de massas e biscoitos de adquirir tanto o cereal, quanto a farinha ou os derivados do trigo transgênico. Neste momento, o posicionamento é não ao transgênico. Na Argentina, o cultivo do cereal é autorizado desde outubro do ano passado, mas a comercialização ao Brasil depende de aval da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), se o trigo OGM avançar, o setor de panificação não comprará trigo vindo da Argentina. A Argentina é o principal fornecedor de trigo ao Brasil, por isso, a preocupação com trigo transgênico.

Os preços pagos pelo cereal argentino são semelhantes aos valores pagos por de outras origens, mas a Argentina tem vantagem estratégica para os moinhos brasileiros, pela proximidade. Como alternativa ao cereal argentino, a indústria moageira brasileira poderia aumentar os volumes adquiridos de trigo do Paraguai, do Uruguai (em quantidades limitadas); e da Rússia, Estados Unidos e Canadá, em quantidades maiores. A Lituânia também está querendo exportar para o Brasil. Mas, o setor espera poder continuar importando da Argentina. Mas, a indústria brasileira já tem experiência em adquirir trigo de outros mercados e recorrer a outros destinos, além do argentino. Não seria novidade para o mercado brasileiro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.