ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

22/Set/2021

Paridade entre o trigo e o milho deverá se manter

Durante o 28º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) nesta terça-feira (21/09), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) afirmou que a paridade entre os preços do trigo e do milho no mercado nacional deve se manter. É natural que o milho, atingindo R$ 90,00 por saca de 60 Kg, seja atrativo para produtor investir no plantio do cereal. Mas, a decisão de plantio não é muito matemática, não considera apenas rentabilidade. A decisão da semeadura de milho ou trigo depende de variáveis como o plantio e o desenvolvimento da soja. Se plantar agora para aproveitar esse preço, perde janela da soja.

Se sair com o plantio da soja, dependendo do clima, a janela para plantio de milho 2ª safra de 2022 pode ficar curta e o trigo pode ser uma alternativa interessante. Outro fator que pode estimular o plantio nacional de trigo é a necessidade de cereal para indústria de carnes, diante da queda na produção de milho e maior destinação de milho para produção de biocombustível. Há casos de cooperativas no Brasil que, além da recepção de cereais, atuam na cadeia da carne, e incentivam o produtor a semear 2ª safra ou 3ª safa com trigo e até dão prêmio para isso. Foi citado o caso da Coopavel, que está concedendo seguro agrícola e zerando as taxas de fertilizantes e defensivos para produtores que expandem a área com trigo.

As cotações dos cereais costumam ter a mesma direção pelo fato de serem substitutos na ração animal. No último ano, o uso de milho para etanol aumentou no mundo de 8% para 35%, o que subiu imediatamente os preços de milho e do trigo, consequentemente, em virtude de restar menos milho para alimentação animal. Além disso, ambos competem o uso das terras agrícolas, o que mantém os preços em paridade. s preços internacionais do trigo também seguirão influenciados no curto prazo, além da relação de competitividade com o milho, pela importação chinesa, exportações russas e norte-americanas no curto prazo. O setor deve estar preparado para oscilações bruscas nos preços dos próximos anos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.