22/Set/2021

Durante o 28º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) nesta terça-feira (21/09), o Moinho Cruzeiro do Sul afirmou que a rentabilidade dos moinhos está em queda, por causa de inflação de custo de produção e compressão das margens de lucros. Há um choque de custo, o qual o moinho não consegue repassar para o consumidor e que reduz a rentabilidade. Será um ano desafiador. Há contribuição expressiva da elevação do preço do trigo e do câmbio para esse cenário de choque de custos.

O trigo representa entre 80% e 85% do custo da farinha. Câmbio e elevação da commodity pressionam custos. Outro choque ocorreu pelo farelo de trigo, que subiu em virtude da quebra da safrinha de milho. O setor enfrenta no momento capacidade ociosa de 30%. O ano de 2016 foi o melhor, com rentabilidade e, em 2020 houve um alívio com aumento de consumo dos derivados de trigo no lar, mas houve uma queda da rentabilidade baseada no aumento da participação da matéria-prima no custo de venda.

A moagem da indústria brasileira do trigo é de 12,5 milhões a 13 milhões de toneladas por ano. Questões econômicas como a inflação, queda de renda, aumento de desemprego, concentração dos canais de distribuição em atacarejos tendem a influenciar na rentabilidade dos moinhos no curto prazo. De longo prazo, haverá a influência da visão do consumidor de demanda de produtos rastreáveis, saudáveis e com ESG (governança ambiental, social e corporativa). Isso ainda é bastante incipiente no setor. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.