22/Set/2021

Durante o 28º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) nesta terça-feira (21/09), a entidade salientou que os preços elevados do trigo contribuem para boa remuneração dos produtores, mas desafiam a indústria moageira. A safra brasileira deve ser recorde acima de 8 milhões de toneladas, em momento em que o preço do grão está em patamar elevado, o que remunera os produtores, mas traz desafio aos moinhos quanto ao preço de venda da farinha. É um momento muito desafiador para toda a cadeia do trigo.

São vários elementos que tornam mercado neste ano e nos anos futuros bastante desafiador. Além das cotações elevadas do trigo, o aumento do frete marítimo e nacional também pressiona o custo da indústria moageira. Há sinais de controle da Covid-19, com avanço da vacinação e é possível ver os efeitos econômicos do abrandamento das restrições sanitárias que afetaram cadeia logística e de suprimentos. Uma das consequências é o aumento expressivo dos fretes marítimos. A indústria moageira nacional importa entre 50% e 60% do volume de trigo consumido anualmente e, por isso, os fretes marítimos são fator expressivo de custo.

Além disso, a alta do frete nacional em virtude de sucessivos reajustes dos preços dos combustíveis vem gerando custos ao setor. A adaptação às demandas dos consumidores poderá agregar valor aos negócios dos moinhos brasileiros. Além da saudabilidade dos produtos, o ESG (governança ambiental, social e corporativa) foi colocado em patamar de destaque durante a pandemia de Covid-19 e está na mesa dos executivos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.