ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

22/Set/2021

Produtores resistem ao trigo transgênico no Brasil

Durante o 28º Congresso Internacional da Indústria do Trigo, realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) nesta terça-feira (21/09), a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) afirmou que o produtor brasileiro não estaria disposto hoje a encarar a "aventura do trigo transgênico". Os produtores estão atentos às mudanças de consumo de mercado global. É preciso procurar outras alternativas ao trigo transgênico no Brasil.

Há preocupação de entrada ilegal de sementes e variedades transgênicas de trigo no Brasil, via Argentina, onde o cultivo do cereal geneticamente modificado (OGM) é permitido desde outubro do ano passado. Os riscos para o Brasil são grandes. Já houve problema com a soja, a soja ‘maradona’ que entrou de forma clandestina e dominou. É uma questão que preocupa. Contudo, o Ministério da Agricultura e a Vigilância Sanitária devem estar atentos a estes riscos, evitando a entrada clandestina do produto em território nacional.

O cultivo de trigo transgênico na Argentina pode ser "um tiro no pé do país". O trigo transgênico é muito perigoso para Argentina, que pode ter a exportação de trigo transgênico proibido para alguns países. A área plantada com trigo OGM na Argentina será entre 55 mil e 60 mil hectares este ano, com produção esperada entre 200 mil e 250 mil toneladas de cereal. No Brasil, a liberação comercial de trigo transgênico e farinha dele proveniente para consumo humano e animal é discutida pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

A Comissão está em processo confidencial de avaliação da permissão da comercialização do trigo geneticamente modificado da variedade HB4 para aumento de produtividade em situações e ambientes de baixa disponibilidade hídrica e resistente ao herbicida glufosinato, para uso exclusivo em alimentos, rações ou produtos derivados ou processados. O parecer final da comissão sobre o assunto deve ser conhecido em outubro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.