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16/Set/2021

Preços globais do trigo devem seguir sustentados

A oferta global de trigo na temporada 2021/2022 foi impulsionada pela perspectiva de aumento, em cerca de 3 milhões de toneladas, na safra de Austrália, Índia, União Europeia (UE) e China, que compensam as correções para baixo em relação a Argentina e Canadá. Apesar de o relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado no dia 10 de setembro, ter sido o mesmo que a previsão do mês anterior, a oferta e a demanda foram ajustadas um pouco para cima. O USDA espera que o déficit de 2020/2021, de cerca de 5 milhões de toneladas, seja seguido por outro déficit de quase 10 milhões de toneladas em 2021/2022. O déficit chega a 7 milhões de toneladas, mesmo se a China e a Índia forem descontadas, pois, embora sejam grandes produtores, desempenham apenas um papel secundário, já que tudo é consumido internamente.

Além disso, os níveis de estoque nas principais nações exportadoras, depois de estagnarem na última temporada, agora devem cair significativamente, como no ano anterior. Na União Europeia espera-se que os estoques cresçam apenas marginalmente, já que há aumento na demanda. Além disso, o rendimento também deve crescer por uma produção visivelmente melhor em relação ao ano anterior. As exportações parecem destinadas a uma recuperação tão robusta que a União Europeia provavelmente estará no mesmo nível da Rússia, em 35 milhões de toneladas, 5 milhões de toneladas a mais do que em 2020/2021.

Entre 1º de julho a 12 de setembro, a União Europeia exportou 5,8 milhões de toneladas de trigo mole, o que representa uma alta de 45% em comparação com o mesmo período do ano passado. A França, o maior fornecedor do bloco, no entanto, reduziu sua estimativa da safra de trigo mole em mais de 600 mil toneladas, para 36 milhões de toneladas. Fortes chuvas na época da colheita prejudicaram a qualidade do cereal. A safra de trigo da primavera do Canadá deve ser ainda pior do que o temido, de acordo com os mais recentes números do governo. O levantamento prevê 15,3 milhões de toneladas, queda de 41% em relação ao ano passado. Além disso, o mercado vê como um sinal de demanda robusta, as recentes licitações internacionais de compra do cereal. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.