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08/Set/2021

Tendência de preço estável com a chegada da safra

À espera da intensificação da colheita da nova safra de trigo nas principais regiões produtoras e do consequente enfraquecimento dos preços, os compradores nacionais estão afastados do mercado spot. Os vendedores, por sua vez, seguem atentos ao campo. Assim, o ritmo de negócios está lento, e os preços, praticamente estáveis. No Paraná, dados do Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) indicam que, até o dia 30 de agosto, 56% das lavouras de trigo estavam em boas condições, 32%, em médias, e 12%, em ruins, piora em comparação à semana anterior. Do total, 47% estão em frutificação, 27%, em floração, 18%, em desenvolvimento vegetativo, e 8%, em maturação. No Rio Grande do Sul, informações da Emater-RS do dia 26 de agosto mostram que 65% das lavouras estavam em germinação/desenvolvimento vegetativo, 27%, em floração, e 8% estavam em enchimento de grãos. As chuvas que ocorreram no fim de agosto beneficiaram as lavouras.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que, até o dia 28 de agosto, 3,2% da safra de trigo no País havia sido colhida, com as atividades ocorrendo em Goiás (81,8% da área já colhida) e Minas Gerais (55%). Nos últimos sete dias, no mercado de balcão (preço pago ao produtor), o preço do trigo em grão registra leve alta de 0,25% no Rio Grande do Sul, 0,24% em Santa Catarina e 0,19% no Paraná. No mercado de lotes (negociações entre empresas), os valores apresentam recuo de 1,29% no Rio Grande do Sul, 0,24% no Paraná, 0,19% em São Paulo e 0,15% em Santa Catarina. De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nos 22 dias úteis de agosto, foram importadas 594,13 mil toneladas de trigo, contra 595,33 mil toneladas em agosto/2020. Em relação ao preço de importação, a média de agosto/2021 esteve em US$ 276,3 por tonelada FOB origem, 23,1% acima da registrada no mesmo mês de 2020 (de US$ 224,50 por tonelada).

Segundo o Ministério da Agroindústria da Argentina, as cotações FOB no Porto de Buenos Aires registram recuo de 0,3% nos últimos sete dias, a US$ 289,00 por tonelada. Informações divulgadas pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires indicam que as condições das lavouras argentinas apresentaram uma melhora e 58,9% da área apresenta condições hídricas adequadas, alta de 10,5% em comparação com a semana anterior. Até o dia 26 de agosto, 39% das lavouras da Argentina estavam em condições normais, 31%, em excelentes, e 31%, em ruins. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a colheita do trigo de primavera, até o dia 29 de agosto, havia atingido 88% da área, acima da temporada passada (66%) e da média de 71% dos últimos cinco anos. Até o dia 26 de agosto, as exportações norte-americanas de trigo (safra 2021/2022) somavam 6,05 milhões de toneladas, volume 10,58% inferior ao escoado no mesmo período do ano passado.

Na semana do dia 26 de agosto, especificamente, foram exportadas 316,84 mil toneladas, quantidade menor que a da semana anterior (729,28 mil toneladas) e 40,82% abaixo da registrada em período equivalente de 2020 (de 535,41 mil toneladas). Os principais destinos do cereal dos Estados Unidos na semana foram Filipinas (63,81 mil toneladas), Iêmen (50,0 mil toneladas) e Sudão (50,0 mil toneladas). O contrato Setembro/2021 do Soft Red Winter da Bolsa de Chicago apresenta recuo de 0,6% nos últimos sete dias, a US$ 7,14 por bushel (US$ 262,53 por tonelada). Na Bolsa de Kansas, o mesmo vencimento do trigo Hard Winter registra alta de 0,4% no período, a US$ 7,15 por bushel (US$ 262,81 por tonelada). A preocupação com uma menor oferta global e as quedas dos contratos de milho influenciam as variações para direções opostas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.