31/Ago/2021

Segundo a Embrapa Trigo, o frio intenso, principalmente no fim de julho, e as chuvas recentes da semana passada favoreceram o bom desenvolvimento do trigo no Rio Grande do Sul. As baixas temperaturas retardaram o crescimento das plantas, o que evitou danos por geadas. O risco maior é a incidência de geadas no florescimento e espigamento, quando afeta o potencial produtivo da cultura. Nesta safra, as geadas ocorreram quando 90% das lavouras estavam em desenvolvimento vegetativo, não acarretando em perdas. A safra 2020/2021 está em desenvolvimento no campo no Estado. A cultura deverá enfrentar tempo mais seco e chuvas irregulares durante toda a primavera. Se o volume não for em excesso, essa distribuição vai favorecer o enchimento de grãos.

Até o momento, a tendência é de redução gradativa no volume de chuvas, com primavera mais seca, o que ajuda os cultivos de inverno. A estiagem no inverno foi a principal queixa dos produtores nesta safra. A situação das lavouras, contudo, foi amenizada por precipitações registradas no fim deste mês. Segundo a Embrapa, as médias de chuvas superaram 50 milímetros nas principais regiões tritícolas do Estado. As chuvas recentes permitiram realizar as operações de adubação em cobertura nas lavouras e o resultado é visível no campo, com plantas mais fortes que já estão apresentando uma cor verde intensa nas folhas, bom perfilhamento e alto potencial produtivo. A exceção é o noroeste do Estado, onde os impactos do déficit hídrico foram maiores.

O longo período sem chuvas na região impossibilitou a adubação de cobertura ou prejudicou a absorção dos fertilizantes. Há espigas já formadas, com 4 a 5 espiguetas, quando o normal seriam 9 a 10. Um dano que dificilmente poderá ser revertido, mesmo com a volta das chuvas. Contudo, trata-se de situação pontual. A avaliação é de que há uma excelente" safra de trigo no Estado em desenvolvimento. O Estado nunca chegou à fase reprodutiva do trigo com uma condição de sanidade tão boa na lavoura. A sanidade das lavouras foi possibilitada pelo tempo seco e frio intenso. Há lavouras que não fizeram uso de nenhuma aplicação de fungicida ou inseticida em virtude da ausência de pragas e doenças. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.