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23/Ago/2021

Safra 2021: estiagem já preocupa os triticultores

As lavouras de trigo da safra nova continuam em desenvolvimento. No Paraná, a colheita deve começar por volta de 10 de setembro. Em temporadas normais, a retirada do cereal ocorre a partir de agosto. Há preocupação no Estado quanto às possíveis perdas decorrentes da seca prolongada nas regiões produtoras. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Estado (Seab), a produção já foi prejudicada por geadas e, agora, as perdas podem ser agravadas se a falta de chuvas persistir. A seca vem perseverando especialmente na metade norte do Estado. Há previsão de chuvas para o dia 26 de agosto, e espera-se que estas sejam suficientes para dar vigor às lavouras mais tardias e interromper os declínios de produtividade decorrentes do período de déficit hídrico. As áreas em boa qualidade também devem se beneficiar dessas chuvas, mantendo o potencial produtivo.

As condições das plantações no Estado seguem em deterioração, à medida que os danos das geadas, observadas em julho, são calculados. Na semana encerrada no dia 16 de agosto, houve aumento de 2% no número de lavouras consideradas em situação ruim, de 10% para 12%. Em igual período do ano passado, o percentual de plantas em condição ruim era de 3%. A maior parte dos prejuízos, tanto pela geada quanto pela seca, deve ser considerado no relatório mensal de produção e produtividade do Deral/Seab, que será divulgado no dia 26 de agosto. Essas áreas mais afetadas pelas geadas serão as primeiras a serem colhidas, o que aumenta o receio dos moinhos com o período em que haverá trigo novo disponível no mercado. Isto prolongará a necessidade de os moinhos da região importarem produto para manter suas atividades.

No Rio Grande do Sul, os produtores também estão preocupados com a qualidade do cereal diante da baixa umidade e das temperaturas elevadas, registradas na última semana. Há relatos de algumas lavouras amarelando. Caso não chova nos próximos 10 dias, pode haver prejuízos em algumas áreas. Por enquanto, não há problemas graves. A situação pode ganhar um fôlego com a ocorrência de precipitações sobre o Estado. Segundo a Emater-RS, parte da umidade do solo das lavouras de trigo do estado em muitas localidades foi recomposta com chuvas de baixa intensidade ocorridas na segunda semana deste mês. Há perdas, mas são regionais. Ainda é cedo para afirmar o tamanho do prejuízo. Atualmente, 89% das plantações de trigo estão em germinação e desenvolvimento vegetativo, 10% em floração e 1% em enchimento de grãos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.