09/Ago/2021

A negociação de trigo no mercado interno está evoluindo um pouco mais na comparação com as semanas anteriores. Os preços do cereal continuam firmes, já que a valorização do dólar ante o Real contribui para aumentar a paridade do trigo local. Mas, mesmo com patamares sustentados, os moinhos com estoques curtos recorrem ao mercado antes da entrada da safra nova. No Rio Grande do Sul, há registro de negócios entre R$ 1.530,00 e R$ 1.550,00 por tonelada FOB, para retirada até o fim do mês e pagamento em 30 a 45 dias. Na semana anterior, lotes rodaram entre R$ 1.500,00 e R$ 1.550,00 por tonelada, nos mesmos prazos. A alta dos preços do milho contribui para o preço do trigo subir. Contudo, no momento, a oferta da indústria de ração é menos atrativa que a indústria moageira. A indústria de ração indica R$ 1.500,00 por tonelada no CIF, na região da Serra Gaúcha. O cereal argentino, por sua vez, chega no Estado a R$ 1.600,00 por tonelada posta na Região Metropolitana de Porto Alegre.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, a comercialização está em maior ritmo, mas os negócios são apenas pontuais. Há registro de negócios para moinho necessitado de se abastecer a R$ 1.700,00 por tonelada, para entrega imediata no moinho e pagamento entre 30 e 40 dias. A maior parte dos moinhos indica R$ 1.650,00 por tonelada, mas, para efetuar a compra, é preciso elevar R$ 50,00 por tonelada. Na outra ponta, os moinhos que estão abastecidos continuam indicando R$ 1.650,00 por tonelada, mas, neste caso, a comercialização trava. De maneira geral, a comercialização está lenta. Há pouco trigo estocado. Nos próximos dias, lotes remanescentes podem sair por causa das geadas recorrentes na região, que têm prejudicado o trigo que ainda está no campo. Ao ver este cenário, os moinhos preferem se posicionar (comprar o grão para garantir estoques) porque pode ser que não consigam o cereal mais à frente. Para a safra nova, que entra no mercado a partir de setembro, indústria de ração mantém oferta de R$ 1.400,00 por tonelada FOB interior do Paraná, para retirada em outubro e pagamento em novembro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.