ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

27/Jul/2021

China pode elevar ainda mais a importação de trigo

Segundo a trading Sodrugestvo, a importação de trigo pela China é significativa e pode continuar crescendo. A China é um novo entrante no mercado de trigo do lado da demanda. No ano passado, o país comprou 10 milhões de toneladas e estima-se que compre outras 10 milhões de toneladas neste ano. O movimento da China de se abastecer de trigo no mercado externo é mais recente, já que o país sempre manteve um bom equilíbrio entre oferta e demanda local. É um player que não existia e agora compra mais que o Brasil, que importa cerca de 7 milhões de toneladas por ano. É um movimento significativo e pode continuar crescendo. Do lado da demanda, os países do Sudeste Asiático, que compram 26,6 milhões de toneladas de trigo por ano, podem ter crescimento no consumo do cereal em virtude do aumento populacional e desenvolvimento econômico.

Outro destaque é a Nigéria, que importa 5,6 milhões de toneladas, e provavelmente deve avançar como um dos maiores compradores de trigo com crescimento da população. Do lado da oferta global, a safra da Rússia pode ficar abaixo do esperado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 85 milhões de toneladas. A safra russa deve girar em torno de 81 milhões de toneladas. Alguns falam abaixo de 80 milhões de toneladas, em virtude da deterioração das condições climáticas para o trigo de primavera, colhido mais adiante. A estimativa de 85 milhões de toneladas pode ser revisada nos próximos meses. Sobre os preços internacionais, tendem a não recuar tão cedo com fundamento estrutural de demanda firme. Quanto ao Brasil, a perspectiva é de que o País possa importar menos de 7 milhões de toneladas nesta safra se o aumento de safra se confirmar.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta produção de 8,48 milhões de toneladas de trigo neste ciclo, alta de 36% ante à safra passada. Em linhas gerais, há expectativa de uma safra maior que a do ano passado. As lavouras ainda estão em desenvolvimento. A quebra da 2ª safra de milho trouxe uma nova dinâmica para o mercado de trigo nacional, com aquisições do cereal para uso em ração especialmente pela indústria avícola. O Brasil usa 5,6% do trigo para ração. É uma característica de países que plantam muito milho ou têm excedente baixo de trigo. Sobre a paridade entre os cereais, o trigo do Paraná, posto em Ponta Grossa, está cotado a R$ 98 por saca de 60 Kg, enquanto o milho paranaense é negociado a R$ 102,00 por saca de 60 Kg. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.