ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

26/Jul/2021

Comercialização de trigo lenta com preços firmes

A comercialização de trigo no mercado interno evolui pouco na medida em que a nova safra está se desenvolvimento e restam apenas lotes remanescentes da temporada passada. O mercado está praticamente parado. Até o momento, as lavouras estão progredindo bem. Não houve danos severos em decorrência das geadas observadas na Região Sul. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, o comprador indica R$ 1.480 por tonelada para entrega imediata em moinho local e pagamento em 30 dias. Os valores propostos permaneceram estáveis em relação à semana anterior. A pedida dos produtores, contudo, é de R$ 1.500 por tonelada no FOB. A indústria moageira ainda está abastecida e vendedores buscam valores acima do praticado para desovar estoques. Para lotes envolvendo cereal da nova safra, comprador indica, em média, R$ 75,00 por saca de 60 Kg FOB com retirada em novembro e pagamento em dezembro, enquanto produtor pede acima de R$ 90,00.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, as propostas se mantiveram na comparação com a semana anterior. Os moinhos indicam R$ 1.550 por tonelada posta em Ponta Grossa com entrega imediata e pagamento no fim de agosto. A ponta vendedora pede entre R$ 1.600 e R$ 1.650 por tonelada no FOB. Com as geadas que atingiram a 2ª safra de milho, o vendedor aposta em negociar trigo para ração. O trigo argentino chega na região de R$ 1.648 a R$ 1.650 por tonelada. Nos Campos Gerais, não são efetivados novos negócios de trigo para entrega futura. Os moinhos indicam R$ 1.400 para tonelada CIF com entrega em outubro e pagamento em novembro, mas não surgem ofertas firmes após as geadas recentes no Estado. Os produtores pedem R$ 1.600 por tonelada nos mesmos prazos, considerando o preço pago pelo milho de R$ 100,00 por saca de 60 Kg. Os preços do trigo devem continuar nos patamares atuais até a entrada da nova safra nacional em meados de setembro.

Neste segundo semestre ainda teremos preços elevados tanto do cereal da safra velha quanto do importado, mesmo com possível dólar abaixo de R$ 5,00, em torno de R$ 1.500 por tonelada. Um eventual arrefecimento das cotações tende a ocorrer somente com o avanço da colheita, por volta de outubro e novembro. Isso se não houver problemas climáticos que comprometam a produção das lavouras. A colheita no Paraná tende a atrasar 30 dias neste ano na comparação com a temporada passada, em virtude da falta de chuva que retardou a implantação do cultivo. A tendência é de aumento na oferta na comparação com a safra passada no Brasil e na Argentina. Com excesso de oferta no Mercosul, os preços podem recuar ante à safra 2020. Mas a indústria de ração pode enxugar um pouco essa oferta. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.