19/Jul/2021

A comercialização de trigo é lenta no mercado interno. A expectativa de que a indústria de ração possa demandar novos lotes do cereal afasta os vendedores da mesa de negócios. Os produtores esperam que os preços para ração possam superar os do cereal para pão, e por isso, seguram os poucos lotes remanescentes da última safra. No Paraná, na região dos Campos Gerais, os negócios estão fracos há duas semanas. Os compradores indicam entre R$ 1.500,00 e R$ 1.550,00 por tonelada posta em Ponta Grossa, para entrega imediata e pagamento em 40 dias. Mas, os produtores indicam entre R$ 1.650,00 e R$ 1.700,00 por tonelada FOB. Os valores se mantêm estáveis nos últimos sete dias.

O cereal importado chega ao Estado a R$ 1.648,00 por tonelada. O comprador está se abastecendo com milho de fora do Brasil e o vendedor, vendo as altas do milho, não tem pressa em negociar, já que o trigo poderá ser mais demandado para uso em ração. Para a safra nova, que entra no mercado a partir de setembro, os compradores indicam R$ 1.400,00 por tonelada posta em Ponta Grossa, para entrega em outubro e pagamento em novembro. Rodam apenas lotes pontuais envolvendo a próxima safra. O plantio de trigo está praticamente concluído no Paraná, com 95% das lavouras em boas condições. Há preocupação, contudo, com o risco de ocorrência de geadas nesta semana, que pode afetar algumas áreas no oeste do Estado.

No Rio Grande do Sul, na região da Serra Gaúcha, o mercado estava mais ativo nas duas semanas anteriores, quando os preços subiram com o dólar mais forte ante o Real e com as geadas. Nos últimos sete dias, contudo, não há registro de negócios. A oferta diminuiu e os preços se mantêm estáveis. Na região de Vacaria, os moinhos indicam entre R$ 1.500,00 e R$ 1.520,00 por tonelada, para trigo pão CIF moinho com entrega imediata, valor estável nos últimos sete dias. Os produtores indicam R$ 1.500,00 por tonelada FOB. Em relação à nova safra do Estado, que entra no mercado a partir de outubro, a indústria moageira indica R$ 1.300,00 por tonelada FOB, para retirada em outubro. Não há indicação de venda por parte do produtor, que está afastado do mercado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.