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06/Jul/2021

Argentina: exportações têm forte recuo em 2020/21

A Bolsa de Comércio de Rosário informou que o volume de trigo exportado pela Argentina caiu cerca de 30% nos primeiros sete meses da temporada 2020/2021 (dezembro/2020 a junho/2021) em comparação com igual período de 2019/2020. O volume caiu de 10,69 milhões de toneladas embarcadas em 2019/2020 para 7,52 milhões de toneladas em 2020/2021. O resultado corresponde ao nível mais baixo desde a campanha 2015/2016 (6,47 milhões de toneladas). Apesar disso, a melhora dos preços internacionais do trigo deu sustentação ao valor das exportações nos últimos meses, mas ainda são inferiores aos de 2019/2020. O valor acumulado na exportação do cereal nos primeiros sete meses da safra 2020/2021 é de US$ 1,812 bilhão, o que reflete uma queda de 13% em relação ao ano anterior (US$ 2,082 bilhões).

Nestes primeiros meses da campanha 2020/2021, os preços FOB médios do trigo ficaram em US$ 273,22 por tonelada, 13,3% acima dos US$ 241,00 por tonelada alcançados no mesmo período do ano passado. Entre os destinos do cereal, o Brasil se consolida como o principal país importador, com mais de 3,1 milhões de toneladas, enquanto o Chile ultrapassou a marca de 500 mil toneladas. A Indonésia é o país responsável pela queda nas exportações, pois, embora 400 mil toneladas tenham sido despachadas neste ano, o volume comercializado está abaixo dos 2,6 milhões de toneladas do mesmo período da safra anterior. É importante ressaltar que a Austrália recuperou fortemente a produção de trigo na atual temporada, o que impossibilita uma competição em virtude da proximidade dos dois países. As compras de trigo para a próxima temporada continuam em níveis recordes. A safra 2021/2022 do trigo, que terá início em dezembro deste ano, vem consolidando uma tendência: um boom no mercado interno antes do início da safra.

O ciclo 2021/2022 aparece como a campanha com maior antecipação de compras da história. O volume alcançado até agora, perto de 4 milhões de toneladas, se mantém em primeiro lugar, semana após semana. O trabalho de semeadura do trigo para a safra 2021/2022 na Argentina, após ultrapassar, em meados de junho, a média dos últimos anos, voltou a acompanhar o ritmo do exercício anterior. Nas duas últimas safras, o cereal foi influenciado pelo clima frio que resultou em uma significativa falta de umidade nos solos. Entretanto, até agora, este não é um problema para a temporada atual, já que 70% da região tem reservas de água. Neste momento, o cereal não corre risco climático, o que proporciona expectativas positivas quanto à evolução da área semeada nas próximas semanas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.