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01/Jul/2021

Frete marítimo sobe e afeta exportação de derivados

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), o custo com frete marítimo para exportação de biscoitos, massas, pães e bolos industrializados aumentou 62% no primeiro trimestre deste ano na comparação com igual período do ano passado. Com crescimento da demanda na pandemia e a demora dos embarques, o aumento de custos nos embarques prejudica o desempenho do setor. Cerca de 50% das associadas já perderam exportações. O tempo entre a solicitação da reserva de carga e o embarque dos produtos também aumentou, de acordo com a pesquisa realizada pela Abimapi em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Nos primeiros três meses do ano passado, as fabricantes de massas e biscoitos aguardavam em média 26 dias entre o pedido e o embarque dos produtos, período que passou em média para 33 dias no primeiro trimestre deste ano. Há casos extremos de empresas que realizavam a reserva e em 20 dias prosseguiam com o embarque e agora levam 50 dias. Como são alimentos essenciais para a população, há urgência em medidas que tornem o processo mais assertivo e funcional é fundamental, dentre elas a maior oferta de navios e contêineres para cargas alimentícias. A situação é mais crítica para as pequenas e médias empresas que costumam não ter regularidade mensal nas exportações. As grandes empresas e multinacionais, pelo fato de fazerem embarques constantes, acabam sendo priorizadas na reserva de carga e solicitação de frete.

O levantamento mostrou também que mais de 40% das empresas exportadoras do setor utilizam contêineres de 20' Dry (aproximadamente 6 metros de comprimento). Os embarques estão concentrados nos portos de Santos (41%), Rio Grande (24%), Paranaguá (10%) e Navegantes (10%). Mesmo com o incremento nos custos de embarque, a indústria de massas, biscoitos, pães e bolos prevê faturar 10% mais com exportações neste ano. Com a pandemia de Covid-19 e o isolamento social, a receita em 2020 já havia crescido 15%, para US$ 196,3 milhões. No ano passado, a exportação do setor cresceu 52% em volume, para 158 mil toneladas, em comparação com o ano anterior. As fabricantes de industrializados de trigo são responsáveis por um terço do consumo nacional de farinha de trigo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.