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15/Jun/2021

RS: área plantada pode crescer até 20% em 2021

Segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro-RS), a área com trigo no Rio Grande do Sul, que está sendo semeada, pode crescer 15% a 20% para 1,100 milhão de hectares aproximadamente. A área destinada às lavouras do cereal pode ser maior que a última previsão de alta de 14,2%. Em 2020, o Estado plantou 953 mil hectares. Em relação à produção, a colheita deve ser superior a 3 milhões de toneladas neste ano se as condições climáticas forem favoráveis, ante 2,104 milhões de toneladas colhidas na safra anterior. Há potencial de ser a maior safra da história do Estado, desde 2014, quando foram colhidos 3,3 milhões de toneladas. Com o uso intensivo de tecnologia, e se o clima ajudar, podemos ter produção recorde de trigo no Rio Grande do Sul.

Apesar da alta do custo de produção do cereal, estimada em 31,74% pela entidade, o cenário atual de preços pagos pelo produto motiva o produtor a investir na cultura. Hoje, os preços estão bem atrativos, com boa perspectiva de demanda da indústria moageira e de ração animal. Além disso, o produtor está capitalizado com safras remuneradoras de soja e milho. O preço pago ao produtor pelo cereal aumentou 58% no Estado entre 1º de junho deste ano e 1º de junho do ano passado, para cerca de R$ 84,00 por saca de 60 Kg. A indústria moageira está com dificuldades de comprar trigo neste patamar de preços, mas houve maior demanda da indústria de ração animal, em substituição ao milho. Não é possível dizer se os preços continuarão sustentados ao longo da safra, mas alguns indicadores são altistas. Há outras questões envolvidas, como cotações internacionais e preços do milho. O câmbio também deve influenciar nos preços e nas importações.

Entre os fatores de oferta e demanda determinantes para os preços do cereal, há de se considerar a destinação do trigo para alimentação animal. Há um quadro diferente de demanda nesta safra com o uso do trigo para alimentação animal. Este provavelmente vai ser o fator mais importante da safra, já que o País caminha para quebra da safra de milho e deve continuar faltando milho para ração, a não ser que haja redução no alojamento de aves. Quanto às exportações do trigo do Rio Grande do Sul, que somaram cerca de 1 milhão de toneladas na safra passada, as vendas antecipadas ainda estão lentas e devem ganhar ritmo no curto prazo. Hoje, a exportação está pagando valores abaixo do pago no mercado interno de R$ 84,00 por saca de 60 Kg FOB interior, mas o mercado futuro ainda deve ganhar ritmo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.