10/Mai/2021

Segundo o Itaú BBA, os preços do trigo no mercado interno devem continuar em patamares elevados até a entrada no mercado da colheita da nova safra do Brasil e da Argentina, quando as cotações podem arrefecer. No Brasil, a safra está sendo plantada e a colheita costuma iniciar em meados de outubro, enquanto na Argentina a semeadura tende a começar na segunda quinzena deste mês. Em abril, as cotações do cereal já foram sustentadas pela escassa disponibilidade do produto no mercado interno.

O preço médio no Paraná foi de R$ 88,09 por saca de 60 Kg, valor 10,5% acima do comercializado em março e 51,3% acima em comparação com abril/2020. As cotações não subiram ainda mais em virtude da menor moagem pelas fábricas, decorrente da demanda fraca por farinhas e massas. Mesmo com a demanda menor, o câmbio e as cotações do trigo na Argentina e nos Estados Unidos elevaram as paridades de importação, e consequentemente, os preços domésticos acompanharam, mesmo com os players fora do mercado.

Neste período da entressafra, o cenário continua desafiador para a indústria moageira, que tende a aproveitar janelas de oportunidade para aquisição do cereal e reposição dos estoques como as flutuações do dólar. O andamento da vacinação pode aquecer a demanda por produtos farináceos, o que por sua vez pode acarretar um ambiente favorável aos ajustes de preços no atacado. Isso pode melhorar as margens das moageiras, após impacto provocado pelo aumento do custo da matéria-prima ao longo dos últimos meses. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.