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04/Mai/2021

Rússia projeta aumento da área em 2020/2021

A SovEcon espera aumento na área plantada com trigo de primavera pela Rússia na safra 2020/2021, acima da previsão atual de 12,7 milhões de hectares (mais 100 mil hectares ante 2019/2020). Esse número pode ser ainda maior por causa do aumento da área replantada no centro do país e em partes do Vale do Volga, onde as lavouras sofreram muito no fim do inverno. A safra de primavera está sendo semeada no país. O plantio está 37% atrasado na comparação com igual período da temporada anterior. Até o dia 29 de abril, 822 mil hectares haviam sido plantados, ante 1,3 milhão de hectares semeados em igual período do ano passado.

A semeadura acelerou em climas mais quentes, uma semana antes o trigo foi plantado em 400 mil hectares, atraso de 57% frente 2019/2020. Essa diferença deve diminuir ainda mais no futuro e a área de trigo de primavera ficará acima do ano anterior no fim da temporada. Muitos players do mercado esperam que a área cultivada com trigo no país diminua nesta temporada em virtude das taxas restritivas para exportação. Atualmente, o governo russo cobra imposto de 50 euros por tonelada e, em 2 de junho, uma nova forma de tributação entra em vigor. O imposto não deve ter um efeito perceptível na safra de 2021. O trigo de inverno foi plantado meses antes do anúncio das restrições à exportação.

Mudar do trigo de primavera para outras culturas será um desafio para a maioria dos agricultores em virtude das limitações de rotação de culturas, janela de tempo limitada ou simplesmente falta de sementes. O trigo não é a única cultura com exportações tarifadas no país. Quase todas as principais safras estão agora sendo indiretamente regulamentadas por impostos de exportação ou esquemas de fixação de preços (milho, cevada, girassol, soja, canola), portanto, encontrar uma alternativa ao trigo é uma tarefa difícil. Quanto à produção total do país no ciclo 2020/2021, somando cereal de primavera e inverno, a SovEcon projeta colheita de 80,7 milhões de toneladas, ante 85,9 milhões de toneladas colhidos em 2019/2020. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.