12/Abr/2021

A comercialização de trigo no mercado interno é lenta. A disputa sobre preços entre produtores e moinhos é o principal impasse para a efetivação de novos contratos. No Rio Grande do Sul, moinho da Serra indica entre R$ 1.470,00 e R$ 1.480,00 por tonelada CIF, para entrega imediata e pagamento em 35 dias. Do outro lado, os vendedores indicam entre R$ 1.550,00 e R$ 1.600,00 por tonelada FOB. No Paraná, na região de Ponta Grossa, os compradores indicam entre R$ 1.520,00 e R$ 1.530,00 por tonelada posto moinho, para entrega imediata e pagamento em meados de maio, mas apenas negócios pontuais e de pequeno volume são reportados.

O cereal importado chega no Paraná por cerca de US$ 300,00 por tonelada colocada no Porto de Paranaguá, US$ 5,00 por tonelada a mais que na semana anterior. Ocorrem apenas negócios pontuais. No Paraná, os produtores se preparam para o início do plantio da nova safra. Os trabalhos de campo devem se intensificar nesta semana. Há relatos de início da semeadura em algumas áreas da região oeste, mas ainda é muito incipiente. A expectativa é pela ocorrência de chuvas nos próximos dias para garantir umidade do solo.

O Departamento de Economia Rural (Deral/Seab) prevê aumento de 2% na área plantada do Estado para 1,142 milhão de hectares e rendimento de 3.305 quilos por hectare. No Rio Grande do Sul, há 25% e 30% de lotes remanescentes da safra passada, mas o produtor mantém postura firme. O mercado no Estado deve avançar a partir do fim de maio. Até lá, o mercado deve continuar parado. Além da falta de acordo quanto ao preço, as indústrias alegam estarem bem abastecidas para a demanda atual. A maioria dos moinhos não tem espaço disponível e pede retirada mais longa. Além disso, há pouco trigo disponível. Apenas entre 3% e 4% da safra ainda não foram comercializados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.