12/Abr/2021
Segundo o Itaú BBA, os preços do trigo no mercado interno devem seguir em patamares elevados em virtude do aumento dos fretes. As cotações dos fretes subiram em virtude do escoamento da safra de verão, elevando o custo de aquisição de trigo pela indústria moageira. Esse movimento deve perder força apenas quando a colheita da soja for finalizada. Ressalta-se O avanço de 4,5% do preço médio do trigo no Paraná em março, a R$ 79,00 por saca de 60 Kg.
Esse patamar representa alta anual de 61%. Os preços foram impulsionados pelo enfraquecimento do Real, que elevou o custo de aquisição de trigo importado. Outro fator que sustentou esse nível de preços foi a baixa oferta local, em função de grande parte dos produtores já terem comercializado o trigo colhido e estarem focados na colheita da soja. No curto prazo, contudo, o arrefecimento dos preços pode vir da necessidade dos produtores de armazenar soja e milho de verão e se desfazer do trigo ainda remanescente.
Do lado da demanda, as novas parcelas do auxílio emergencial podem auxiliar na retomada do consumo de produtos industrializados, mesmo num cenário de ajustes de preços por parte das unidades processadoras. O regime das chuvas tanto no Brasil como na Argentina nas próximas semanas poderá desempenhar um papel fundamental para a área a ser semeada a partir de maio. A oferta futura da nova safra pode arrefecer os preços do cereal ainda neste ano, a depender do volume e da qualidade do trigo a ser colhido. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.