15/Mar/2021

A comercialização de trigo transcorre de forma lenta no Paraná e no Rio Grande do Sul. Com a queda do dólar, os compradores se retraíram pela possibilidade de adquirir o produto importado por preço mais baixo, enquanto vendedores seguiam firmes nos valores desejados. O dólar caiu 2,18% na semana, na maior desvalorização desde a última semana de novembro de 2020. Na sexta-feira, contudo, a moeda norte-americana subiu pouco, 0,30%, fechando cotada em R$ 5,56. Na região dos Campos Gerais (PR), rodam negócios pontuais por R$ 1.600 a tonelada para entrega e pagamento em abril. Para entrega imediata e pagamento em 30 dias, os moinhos indicam R$ 1.520 a R$ 1.530 por tonelada. Depois que o dólar passou a cair de forma mais brusca, os compradores não mostram mais interesse em negociar. Já os vendedores pedem R$ 1.600 a tonelada no disponível e R$ 1.700 a tonelada para abril. As duas pontas não veem necessidade de negociar neste momento.

Os compradores estão recebendo de trigo de contratos fechados anteriormente, enquanto vendedores querem escapar dos fretes elevados devido à movimentação concomitante de soja e milho. Para negociação antecipada da safra 2021, a indicação de compra é de R$ 1.000 a tonelada para entrega em novembro nos Campos Gerais e pagamento em dezembro. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, há interesse de venda entre R$ 1.500 a R$ 1.600 por tonelada para retirada em abril e pagamento em maio, mas a indicação de compra é R$ 1.380 a R$ 1.400 por tonelada posto moinho. O comprador está tranquilo e abastecido, esperando vender farinha para moer trigo. Os vendedores terão de liberar espaço em silos para acomodar a safra de verão, mas por enquanto não aceitam reduzir pedidas. Para comercialização futura da safra 2021, ainda não surgiam indicações de compra ou interesse de venda. O vendedor quer primeiro colher soja e milho, depois plantar o trigo para então avaliar negócios. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.