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09/Mar/2021

Projeção de margem positiva para produtor de trigo

Assim como os preços do trigo estão sustentados pelo dólar valorizado, os insumos usados na lavoura, cotados na moeda norte-americana, também subiram, elevando o custo de produção. Sementes, agrotóxicos e fertilizantes respondem juntos por cerca de 38% do custo total de produção do trigo. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), a alta foi principalmente em virtude do aumento no preço das sementes e dos adubos nitrogenados, além dos combustíveis. No Estado, o custo operacional efetivo do trigo (que leva em conta o desembolso do produtor com insumos, mão-de-obra, transporte, financiamento e despesas administrativas) estava 12,5% superior em janeiro a R$ 3.009,00 por hectare, ante R$ 2.674,00 por hectare de janeiro de 2020.

Os dados são referentes a uma propriedade modelo de Castro (PR) que integra o projeto Campo Futuro da Confederação Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e foram disponibilizados pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). No Rio Grande do Sul, o custo operacional efetivo do cereal avançou 18%, passando de R$ 1.974,00 por hectare em janeiro de 2020 para R$ 2.320,00 por hectare em janeiro deste ano, conforme dados divulgados pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). Os números são referentes a uma fazenda modal de Carazinho (RS), também dentro do projeto Campo Futuro. A Farsul, entretanto, avalia que o aumento não vai limitar o investimento do produtor. Mesmo que o custo da lavoura tenha aumentado, a quantidade de sacas de 60 Kg de trigo necessárias para cobrir o desembolso do produtor com o cultivo é menor que em relação à temporada passada, já que o trigo se valorizou mais de 50%.

Os preços remuneradores, vistos na última temporada e previstos para a próxima, devem compensar o incremento do gasto com a produção do cereal, fazendo com os produtores tenham boa rentabilidade. As lavouras do cultivo darão lucro de mais de 15% aos produtores, com preço médio do cereal a R$ 1.200,0 por tonelada no segundo semestre ante R$ 850,00 por tonelada de igual período do ano passado. São cotações muito atrativas. A negociação antecipada da próxima safra ainda está em compasso de espera na Região Sul. Os produtores devem primeiro colher o milho e receber os insumos para as lavouras de trigo e, depois do plantio, partir para a comercialização futura do cereal. Na região de Campos Gerais (PR), os compradores indicavam na semana passada entre R$ 1.000,00 e R$ 1.100,00 por tonelada CIF Ponta Grossa, para entrega em novembro e pagamento no fim de novembro e início de dezembro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.