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23/Fev/2021

Preço do trigo pode subir com importação e câmbio

Segundo o Itaú BBA, os preços do trigo no mercado interno podem voltar a subir nos próximos meses, caso o câmbio se mantenha no patamar atual e haja maior necessidade de importação na entressafra brasileira. Os níveis de preços locais tendem a garantir bons níveis de margens aos produtores que, por sua vez, serão estimulados a aumentar a produção do cereal, podendo arrefecer as cotações na próxima temporada. Atualmente, os preços estão mais fracos em virtude do fim da colheita no Brasil e na Argentina.

Diante da perspectiva de alta das cotações do trigo, o cenário para 2021 exigirá cuidados para a indústria moageira. De um lado, para aqueles que estão com estoques mais curtos há o risco de aumento de custo de aquisição do trigo, o que trará desafio de repasses de tais elevações para a indústria alimentícia. Por outro lado, para as fábricas que estão com reservas alongadas, a instituição acrescenta que há risco de impacto no valor do produto armazenado em cenário de uma eventual valorização do Real ante o dólar.

Quanto ao cereal importado, há preocupação também de que restrições de volume direcionado à exportação por parte da Argentina possam levar a riscos momentâneos no abastecimento interno ou aumento expressivo dos custos da indústria local visto que os compradores terão que buscar o cereal de origens mais distantes. Sobre essas possíveis restrições argentinas, a alta da inflação local pode dar fôlego para a retomada das discussões sobre limitar as vendas externas de trigo e elevar as retenciones (imposto sobre exportação). Cerca de 85% do volume importado pelos moinhos brasileiros anualmente, de 6 milhões a 7 milhões de toneladas, vem da Argentina. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.